2 da madrugada.
Permaneço acordado e ouço uma musica pela primeira vez mas que me soa tão familiar.
Uma realidade à qual não posso escapar e não posso descurar dentro de mim.
Não posso negar que me penetrou no ouvido porque simplesmente me fez recordar uma faceta que tento a todo o custo ocultar, esconder, esquecer, apagar.
Uma nova melodia e uma nova letra que me soam tão familiares...
Uma descrição mais que pormenorizada do meu interior.
E o sono que não vem...
Teima em não chegar.
Sou uma sombra do que fui.
Quando olho para outros tempos vejo o quanto alterei o meu ser, a minha personalidade, o meu carácter.
Ao longo dos dias, meses, anos... gradualmente, erradamente, estupidamente.
Muitas vezes me pergunto...no que me tornei eu?
Não quero acreditar que deixei de ser aquele ser que era tão feliz quando a ingenuidade da juventude não me deixava acreditar que, por vezes, a vida pode ser cruel.
Mas a verdade é que a cada acontecimento importante na minha vida, bom ou mau, acabei por destruir essa mesma ingenuidade deixando que a frieza de pensamentos e acções muitas vezes tomassem conta de mim de tal modo, com tal força, tão dolorosamente em certas alturas, que acabei a ser este pedaço do que já fui.
Poucas coisas me surpreendem agora....
Já vi de quase tudo um pouco....
Mas tenho medo de ver ainda mais alem e descobrir que poderá existir pior do que já vi.
Vazio.
Estou vazio.
Mesmo com uma nova oportunidade de ver as coisas por outro prisma, com outros olhos, com outro tipo de sentimento...estou vazio.
A felicidade torna-se momentânea e fugaz.
Criei medos absolutos, fobias inalteráveis, das quais não consigo escapar.
Porque me sinto protegido por esses mesmos medos e fobias.
2 e 15 da madrugada...
Pergunto-me se alguma vez algo poderá fazer-me realmente voltar a acreditar que a felicidade pura, real, honesta, desinteressada, verdadeira, poderá estar ao alcance de um olhar, de um toque, de uma palavra...
Uma palavra.
Uma única palavra para mim talvez seja quanto baste.
Essa palavra que não ouço á tanto tempo...
Já não me conheço.
Deixei de me conhecer no meio deste amontoado de magoas e sentimentos partidos e cacos de uma vida em que me transformei.
Porque me tornei uma sombra do que fui.
E porque no alcance que faço de mim próprio vislumbro o que não quero ver.
E fecho-me nesta concha de barreiras que criei porque não quero mudar mais, não quero ficar ainda mais distante do que já fui.
Será assim tão difícil?
Será assim tão fácil não perceber o que quero transmitir?
Sufoca-me este pensar e esta realidade de que sempre estive e estarei, cá dentro, no meu interior, no meu coração, na minha alma, profundamente...
2 e 25 da madrugada.
Sozinho.
Tudo o que me vem ao pensamento em qualquer momento...em que tenho tudo e nada. Uma vida.
quinta-feira, 31 de março de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
Make it real....
I've seen this place a thousand times
I've felt this all before
And every time you call
I've waited there as though you might not call at all
I know this face I'm wearing now
I've seen this in my eyes
And though it feels so great, I'm still afraid
That you'll be leaving anytime
We've done this once and then you closed the door
Don't let me fall again for nothing more
Don't say you love me unless forever
Don't tell me you need me, if you're not gonna stay
Don't give me this feeling, I'll only believe it
Make it real or take it all away
I've caught myself smiling alone
Just thinking of your voice
And dreaming of your touch, is all too much
You know I don't have any choice
Don't say you love me unless forever
Don't tell me you need me, if you're not gonna stay
Don't give me this feeling, I'll only believe it
Make it real or take it all away
Yeah Yeah Yeah
We've done this once and then you closed the door
Don't let me fall again for nothing more
Don't say you love me unless forever
Don't tell me you need me, if you're not gonna stay
Don't give me this feeling, I'll only believe it
Make it real or take it all away
Say you love me
Don't tell me you need me, if you're not gonna stay
Don't give me this feeling, I'll only believe it
Make it real or take it all away
Take it all away, take it all away
Desconhecimentos...
Poucas pessoas me conhecem ao ponto de poderem dizer que me conhecem o intimo e o que cá dentro vai de mais perturbador e complexo.
Vou ser franco...nestes últimos dias, semanas, a vontade de escrever tem sido quase nula...inexistente até.
Mas hoje acordei com este bichinho a roer-me as entranhas, a maçar-me o espírito, a querer sair para fora do corpo e deixar-se a descoberto nestas linhas que tão bem me fazem.
Eu queria poder acreditar que em algum momento daqui para a frente as coisas vão mudar.
Gostava mesmo de acreditar piamente que voltei a ter o que um dia perdi.
Realmente preciso de saber que o futuro está à minha porta e que o que trás é aquilo que desejo.
Mas não posso saber isso.
Arrisco porque quero acreditar que se arriscar mais esta vez poderá ser a oportunidade que esperava.
Dou essa oportunidade a quem eu acredito que precisa ser feliz, a mim próprio, à vida.
Quando damos tudo o que temos, quando mostramos tudo o que somos, quando nos sentimos transparentes perante alguém, nada mais há a fazer senão esperar, acreditar, confiar.
Nem sempre este esforço de aguentar tudo e mais alguma coisa é recompensado, é certo, mas acredito que estou certo ao fazê-lo da maneira que faço...
Sendo eu próprio, mostrando as fraquezas e defeitos.
Fazendo brilhar a minha essência mesmo sabendo que posso não agradar a quem me vê como eu sou.
Existem momentos em que penso demasiado.
Teimosia em excesso de alguém habituado à lógica das coisas.
Poucas pessoas me conhecem verdadeiramente...
Sobram-me dedos em demasia numa mão se for contar...
Nem mesmo quem eu queria que me conhecesse profundamente o consegue.
A minha única alternativa a este desconhecimento é continuar a ser o que sempre fui.
Não entro a pés juntos.
Sinto-me bem e isso é notado apenas pelo meu olhar por quem se perde dentro dos meus olhos a conhecer o meu intimo.
Mas estou cauteloso, amedrontado, reservado.
Porque existem marcas.
Porque criei barreiras.
Quem não me conhece vai ler estas linhas e não vai perceber o verdadeiro significado.
Porque na minha complexidade extrema e lógica exacerbada poucos são os que vêem a minha alma desnuda e sabem o que sinto.
Poucas pessoas me conhecem o intimo.
Mas sei que quem me conhece bem saberá ver a simplicidade do que escrevo.
Porque de tão complexo que sou,
Mais simples não poderia ser.
quarta-feira, 16 de março de 2011
Sometimes
Sometimes, no matter what you do, you just cant smile.
Sometimes, when all you have is you, you just dont need help.
Sometimes, when the world looks so small, you just feel smaler.
Sometimes, when your mind is so dark, all you need is just a little light.
Sometimes, when you´re about to make a mistake, all you need to believe is that its going to be allright.
Sometimes...
Over the years i´ve been wondering trough life.
Not thinking that i could do more,
Not thinking that every action as its consequence.
My lesson was learned.
I dont want to do another mistake.
I close up my eyes and i dream out loud.
Lonelyness takes over my dream, and everything in it looses direction.
I think of you and all i see....
Troubles me, this feeling.
And im cant help it...i cant stop it.. it wont go out of my mind.
For some unnatural reason today im not strong enough to fight it back.
Sometimes, when you are strong, is when you are so fragile, but so fragile that all you want is the one...
The one...the one soul in the world that would look at you and know, just know...
Today you would...
Today you would see in my face these feelings...and so many more.
Today i just need the sea....
It would be god to have you...
terça-feira, 15 de março de 2011
No regrets...
E resolvi partilhar...mais do que assistir e absorver.
E não me arrependo de tudo o que já fiz até hoje.
E não me arrependo de tudo o que já fiz até hoje.
Riscos corridos.
Não devia escrever.
Hoje os sentimentos estão confusos.
Corro um risco ao deixar os dedos correrem.
As palavras hoje na minha mente podem ter tantos sentido e tão vastos como a certeza indefenida
Estou num turbilhão.
Mil aspectos que palpitam sobremaneira sobre um alguem.
Ideias concebidas e derrubadas de seguida.
Uma lufada de ar fresco e um sentido responsavel de nao magoar
As "borboletas" que não param quietas e eu nao tenho explicação.
No mais certo algo despoletou, despoleta, surge cada vez que penso nisso.
A certeza de querer mas a incerteza de, talvez, estar a criar uma ilusão.
Não quero mais ilusões.
Quero certezas.
Preciso de ter asas para voar novamente.
Preciso poder dizer que sou o que sou porque me quiseram amar.
Preciso saber que tendo esse "amor" terei tudo.
Mas não quero correr o risco de...
Magoar.
De ser magoado.
Já vi de tudo um pouco...já vi o engano e a desilusão.
Já vi o querer e o rejeitar.
Ultimamente o sorriso que ausente tem estado volta ao pensar neste novo ponto, nesta nova forma de vida.
Não o demonstro...cobardia?
Medo.
E talvez um pouco de receio...não sei, não conheço profundamente.
Escondo-me atras de palavras em rodeios quando queria dizer directamente, mas nao posso.
Ainda não posso.
Ainda não é tempo e hora de o fazer. Tudo tem o seu tempo.
Riscos corridos e quem sabe nao correspondidos.
Mas sei que consigo ver através de um olhar...
Talvez saberei quando é a hora através desse olhar.
As palavras hoje sao perigos multiplos nos meus dedos.
São arrependimento a cada linha por saber que não há certezas...
Mas são o que sinto.
Hoje eu não devia escrever.
domingo, 13 de março de 2011
Prefiro assim...
Se ainda não era explicito.
Se as palavras ás vezes não chegam.
Se nas entrelinhas não chega.
Prefiro assim...
Se as palavras ás vezes não chegam.
Se nas entrelinhas não chega.
Prefiro assim...
sábado, 12 de março de 2011
Luz da madrugada
Há coisas que não se explicam, não se entendem, simplesmente porque não é mesmo suposto entender ou compreender.
Há Vidas que de tão sofridas e tão magoadas deixaram de acreditar, deixaram de crer no que existe mais para alem da dor, do sofrimento, da incompreensão.
Até ontem eu pensava que a minha vida era um mar de descredito e incompreensão.
Até ontem acreditava que poucas, ou nenhuma, das pessoas com quem falo, entenderia na verdade o que sinto e penso em relação a tantas situações ja vividas e sofridas porque, apesar de, tambem já terem a sua cota parte de sofrimentos próprios, nunca tinham passado pelo que passei nem sabiam na realidade como me sentia por dentro.
Até ontem ...
É intrigante e fico perplexo como o mundo pode ser tão pequeno.
Vidas que a papel quimico são tiradas.
Tão distantes e tão diferentes mas tão proximas pelos sentimentos e coincidencias do sofrimento.
Sem pudores e sem falsos moralismos, abertamente, verdadeiramente nunca a vida e os sentimentos tiveram uma conversa tão sincera.
Ontem a vida foi justa.
Ontem a leveza do ser incompreendido e só tornou-se obsoleta.
O dia nasceu e nasceu com uma sensação de alivio...de paz.
O sol hoje não brilha.
A luz que na madrugada brilhou ilumina uma vida.
E perdura.
Ainda.
>
terça-feira, 8 de março de 2011
And so it is....
Engraçado.
Quando escrevo muitas vezes não penso em quem poderá ler o que escrevo, outras vezes sei claramente quem irá ler e entender o que escrevi.
Hoje escrevo para os que que me entendem e aqueles que não me percebem de todo um pouco.
Bom...
Talvez mais para os que não me entendem nem percebem um pouco que seja...
Está na hora de acertar agulhas.
Olho para o que tem sido a minha vida e sinto que tenho de por pontos verdadeiramente finais em algumas conversas ...em algumas incertezas.
Não posso deixar de pensar em alguém que habita permanentemente na minha ideia.
Alguém sabe quem é dentro de mim.
Não posso mais alimentar isto..esta incerteza.
Não o vou fazer.
Adoro-te mas sabes...
Nunca pautei a minha vida por indecisões.
Nunca fui de incertezas.
O "Não sei" não faz parte da minha linha de pensamentos.
Não posso ficar eternamente agarrado a um "Não sei" à espera de algo que não vai voltar a acontecer.
Mas gosto da tua amizade.
Gosto de poder saber que posso contar contigo sempre...
Simplesmente abandono o amor que sinto por ti.
Simplesmente sigo em frente sozinho com o meu amor próprio intacto e crescente vontade de ser genuinamente feliz um dia...
Espero que entendas que o faço por aqui correndo um risco calculado e pensado de que lerás e saberás e entenderás o que estou a fazer, a dizer, a desabafar...ou talvez não.
Acredito nesta "amizade" a longo prazo sempre com a definição de foste e és o amor que sempre quis, que achei que era para a vida mas que não foi.
E a vida segue o seu caminho...naturalmente...
E num uso desapropriado da escrita para o efeito desabafo.
Deito cá para fora tudo aquilo que devia dizer e não digo.
Mas eu sou assim.
Sempre fui...afinal de contas se eu olhar para trás eu ja faço isto á tanto tempo....
Estas linhas são monólogos da minha mente e pensamentos.
Verdades absolutas sobre o que se passa dentro de mim.
Acabam a ser o meu refugio e a minha companhia.
Confio nestas linhas.
Na minha loucura constante trazem-me uma noção de verdade e realidade sobre quem sou e o que sinto, penso, quero, desejo, detesto, odeio, abomino....
E para quem lê estas linhas muitas vezes não faço sentido algum.
Não tenho nexo nem direcção.
Para mim são o meu norte.
São o ponto de convergência entre o estar perdido e o ser achado, encontrado, alimentado interiormente.
E se por um lado sei que não devia te chamar para estas linhas tão minhas e subjectivas por outro não tenho solução de conseguir exprimir tudo o que me vai cá dentro quando te vejo, quando sinto o teu cheiro, quando vejo a tua silhueta intrinsecamente gravada nos meus olhos...
É talvez algo que nunca entenderás por mais que me leias, por mais que, durante esta vida que continua sem parar, e em que tantas vezes nos afastaremos e voltaremos a aproximar, nunca saberás realmente apreciar ou ate mesmo desfrutar de tudo o que sinto por ti.
E neste desabafo sem sentido e sem qualquer orientação, resolvo-me a não querer esta indecisão...
A tua indecisão.
E a vida continua...e é assim mesmo que são as coisas...sem amor...sem gloria.
Não sou, não fui, nem serei o teu herói...
Desisto.
Para ganhar um dia mais tarde com a mente ainda sã...desisto agora.
E é mesmo assim que são as minhas linhas...são esta sanidade que me faz tão bem e que tu nunca entenderás.
Talvez um dia percebas...
Ponto final.
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