segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O livro.

Talvez seja estupidez mas vou tentar.
Hoje enquanto passava os olhos logo de manha cedo por aquilo que escrevi, e enquanto lia alguns comentários, surgiu-me esta fascinação nova.
Já me disseram por várias vezes em tom de questão o porque de não me dedicar á escrita...
Pois não sei.
Nunca escrevi de maneira fantasiosa ou romanceada.
Sempre escrevi o que me ia cá dentro...sentimentos, angustias, revoltas, amores e dissabores.
Como se fosse uma memoria que ficasse.
Escrita e timbrada numa página escondida na internet.
Mas porque não tentar dar azo a esta minha veia noutro sentido?
Porque não tentar escrever sentimentos, histórias e lições de vida numa espécie de livro digital online?
Parece-me um bom desafio...quanto mais não seja a mim proprio.
Pode ser que saia asneira....mas porque não tentar?
Vão acompanhando...prometo conforme a disponibilidade postar a partir de hoje alguma coisa nova irá surgir todos os dias nesta cabecinha pensadora e deturpada.
Espero que gostem.

sábado, 27 de agosto de 2011

Medo de voar

Deixei de escrever é um facto.Tenho tido imensa vontade de escrever o que me vai na alma mas não tenho tido coragem.
Na verdade tenho tentado gerir os meus sentimentos interiores exactamente onde eles nascem...interiormente.
E não tenho deixado que esses mesmos sentimentos transpareçam para fora pela escrita e pelo desabafo que provoco a mim mesmo ao escrever aqui.
Mas já não aguento mais.
Tenho de o fazer.
Estou com tanta pressão dentro de mim que se não escrever e não deitar cá para fora nem que sejam estas simples linhas de justificação vou acabar como comecei.
Estou a enveredar por um caminho no minimo perigoso para mim próprio.
Estou a deixar que o meu passado me assombre todos os dias e me traga á memória tudo o que já passei.
E o mais curioso nisto tudo é que se eu analisar a frio tudo o que me rodeia neste momento, eu não tenho motivos.
Ou melhor...Não tenho motivos reais.
Os motivos imaginários que a minha cabeça cria derivado ao que ja passei parecem existir mesmo que eu não queira.
Tenho momentos em que desejo que o meu cerebro passe por uma daquelas crises amnesicas severas.
Vivo um pouco neste tormento todos os dias.
Nunca imaginei que me iria tornar num ser tão intrinsecamente desconfiado.
Apesar de que a minha natureza sempre foi de uma pessoa extremamente logica é certo mas....se calhar estou a baralhar logica com desconfiança...
Dizem-me que sou boa pessoa e bom homem.
Dizem-me que me preocupo em excesso com os outros e me esqueço de mim próprio.
Em parte talvez seja assim.
Não sei até que ponto quem diz isso talvez não veja que, não convem confundir preocupação com desconfiança.
Estou a cometer um erro tremendamente grande ao pensar assim? Talvez...
Já não sei muito bem onde hei-de enquadrar a preocupação que tenho com os que me rodeiam...
Preocupa-me que o meu passado me faça pensar que todos as pessoas devem ser regidas pela mesma lei quando eu proprio nunca acreditei nisso...sempre tentei ver o que existe por detrás de uma aparencia ou de uma conversa justamente para não reger todos os que conheço pela mesma lei.
Mas ao mesmo tempo parece que não consigo confiar, acreditar, deixar-me ir a 200%.
É como se a minha mente me dissesse a todo o momento:
"Cuidado! Olha que já passaste isto ou aquilo por causa disto ou daquilo..."
É uma estupidez!
É uma merda tremenda!
Ninguem devia ter memória.
Assim não se sofria por antecipação.
Apesar de me sentir muito feliz, por outro lado sinto-me sempre desconfiado.
Basicamente é este o sentimento que me atormenta e tudo o que acarreta esse tipo de sentimento me acorrenta e não me deixa viver em plena, mas mesmo plena, felicidade.
Como vou combater isto?
Não sei.
Talvez dando tempo ao tempo.
Porque ás vezes é tarde demais para seguir em frente...
E outras vezes é cedo demais para voltar atrás.