domingo, 28 de novembro de 2010

Ganas!

O que fica depois de tudo não ter sido o esperado? 
A realidade. 
A realidade abre-nos os olhos para a vida. 
Mostra-nos que no fundo aquele vicio de querer amar alguem afinal tinha cura. 
Ensina-nos a olhar para os lados e a nao ser-mos como os cavalos domados que usam palas e só vêem um caminho, uma saída. 
E aprendemos. 
Aprendemos a ser como o cavalo selvagem que escolhe o seu caminho e a sua direcção, correndo livre e solto, com prazer, alegria e vontade de correr cada vez mais veloz. 
A realidade serve para assentarmos os pés no chão e não ficarmos absortos e inúteis. 
Vemos que as pessoas conseguem ser tudo aquilo que pensávamos que não seriam, que fazem coisas que, quando um dia caírem na realidade, quando derem conta, tomam a percepção que mesmo acompanhadas estarão sozinhas. 
Eu por vezes também caio. 
Por vezes não...muitas vezes caio. 
Mas continuo a levantar-me. 
Recuso-me a cair eternamente e sem sentido. 
Recuso-me a ficar parado a olhar para o mesmo e sem sentido. 
Recupero os sentido apurados, desta vez, mais uma vez, mais aguçados que antes. 
Recupero o meu coração e conquisto-o de volta para dentro do meu peito, recupero a minha alma com luta e devoção para que jamais me volte a abandonar. 
Talvez seja do nome.... 
Engraçado porque nunca me identifiquei muito com o nome Guerreiro.... 
Mas quando olho para trás e vejo tudo o que me fez cair e levantar começo a acreditar que poderá ser do nome.... Não sei... 
Eu sei....Eu sei.... 
Voltarei a quebrar todas as regras e voltarei a ficar vulnerável... 
Voltarei a entregar o meu coração de bandeja a alguém um dia... 
Voltarei a acreditar cegamente e piamente... 
Quem sabe se até mesmo voltarei a ser decepcionado e voltarei a ficar amargurado mas não interessa nada, isso não interessa mesmo nada! 
Tiro uma lição valiosa da minha vida quando a vejo em retrospectiva diante dos meus olhos .... 
Eu posso cair, vou cair, mas sou um osso bem duro de roer.... 
Hão-de partir os dentes todos para me roer em condições!!! 
E quando ficar novamente fraco, voltarei a olhar para dentro de mim e perceberei que tenho de me levantar novamente, e novamente, e mais uma vez, e outra, e mais uma outra vez! 
Mas não será isso que é viver? 
Não sou nada de especial...Sou como tantos de nós que na sua vulgaridade vive intensamente tudo o que lhe passa pelas mãos, pela vida, pelo coração... 
Consigo passar despercebido pela multidão e isso é bom. 
Sei que, pelo menos para mim, sou especial, tenho algo dentro de mim que me faz viver! 
Volto a viver com tantas ganas que até dói! 
Sinto que tudo posso neste momento, no meu anonimato por entre a multidão, por entre vidas e vidas... 
E escrevo! 
Escrevo. 
E não me importa nada se errei no passado, se vou errar no futuro, porque no presente estou a viver. 
E vivo. 
Repito-me e volto a repetir... 
Vivo. 
Hoje o meu estado de espírito é este. 
O meu estado de espírito varia...mas este sou eu! 
Sou assim! 
Aceito-me como sou e quem me quiser entenderá um dia que nada nem ninguém nunca me poderá mudar. 
Nem eu me consigo mudar a mim próprio. 
Devaneios de um ser humano em turbilhão constante... 
Nem mais nem menos. 





quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Largas á vida

Volta a vontade. 
O bichinho da escrita nao adormece e nao se contenta em ficar sossegado nos meus dedos. 
Por vezes nao vemos. 
Ás vezes parece que vamos ficar loucos porque nao vemos, ou nao queremos ver, que tudo passa. 
Eu queria dizer que está a passar. 
Posso dize-lo. 
A alma retorna aos poucos e a vida retoma o seu ritmo normal e pacato de outros tempos nao muito distantes. 
Os amigos ajudam nessa transição... 
Estão presentes e são um pilar de sustentação precioso. 
Tenho amizades que apesar de recentes são sinceras. 
Acredito que preciso dessas pessoas, almas tao ou mais sofridas que eu, para abrir os olhos e ver que nao preciso de me culpar de nada. 
Não preciso carregar uma culpa que não é minha. 
Olho para mim e para o passado e sei que nao fui perfeito. 
Não fui e nunca serei... Tenho defeitos. 
Ei-de continuar a te-los. 
A minha impulsividade e radicalismo sempre hão-de me acompanhar e sei que talvez tenha sido ai o meu erro. 
Mas não acredito que a minha culpa seja tão grande e pesada que não se possa desvanecer com o tempo. 
E não aceito essa culpa. 
Tambem não quero culpar a outra parte. 
Apesar de os motivos nao interessarem para nada sei que eles devem ter existido para a outra parte, e, para ser franco, não quero mesmo saber a verdade desses motivos. 
Prefiro viver na ignorancia. 
Estou vazio. 
Agora é o momento em que tudo o que vier por bem eu vou deixar entrar para que este espaço que existe no peito vazio volte a ser um coração pulsante e vibrante. 
Agora é o momento em que tudo volta a fazer sentido. 
Agora é o momento em que quero ajuda. 
Agora é o momento em que nao me quero sentir perdido e desfeito. 
Agora é o momento em que jamais me sentirei culpado. 
Estes ultimos dias têm sido como um elixir de calma e tranquilidade em que deixei de pensar. 
Deixei que o pensamento corresse vago e livre sem o forçar a pensar no que de mau aconteceu. 
E no fim destes dias o que sobrou foi um espaço. Um ponto. 
Uma pedra sobre o assunto. 
Deito-me hoje sem pesos nem pressões. 
Amanha levanto-me e sei que amanha será, novamente, o primeiro dia do resto da minha curta e efemera existencia. 
existe ainda um caminho a percorrer é certo mas.... 
Volto a dar largas á vida. 



sábado, 20 de novembro de 2010

Complexo

O que se faz quando...quando nao sabemos o que fazer? 
Melhor.... 
O que se faz quando sabemos que estamos errados, sabemos que não estamos bem, e sabemos o que temos de fazer mas acabamos a fazer precisamente o contrario? 
Questiono-me sobre tanta coisa neste momento. 
Tenho o peito frio, gelado. 
Tento ofuscar o que sinto com sorrisos de engano. 
Não sei o que fazer... 
Não sei o que fazer... 
Sinto-me tão, mas tão perdido.... 
Sinto-me como se já não houvesse mais nada. 
Estou só....porque quero. 
Tenho tantas cicatrizes. 
Olho para elas e vejo marcas tão severas e profundas.... 
Não estou a ser bom para mim nem para os outros...estou distante e cruel... 
Mas não quero estar com ninguem. E ninguem entende isso. 
Dizem-me que preciso de ajuda. Mas eu não quero ajuda. 
Toda a minha vida eu tive de sobreviver á minha custa...ultrapassar as situações sozinho. 
Precisei de ajuda tantas vezes, mas nunca tive. 
E habituei-me. 
Não quero nada. Quero estar só. 
Isolo-me de tudo e todos porque quero. Porque preciso. 
Neste momento preciso. 
Estou errado? Eu sei que sim. 
Mas nao confio....não tenho coragem de confiar em mais ninguem. Esta cobardia da desconfiança encheu-me por completo. E acabo a magoar quem nao merece. Quem me quer bem. 
Entendam-me. Sou complicado, sou dificil, sou complexo como uma equação em que o resultado é simples mas o seu cálculo é demorado. 
Quero a companhia de quem escolho, não a que me é imposta. 
Não...Não sou egoista nem oportunista....mas entendam-me, estou habituado a sofrer sozinho e a ultrapassar sozinho, a resolver sozinho. 
Não quero magoar ninguem, embora o esteja a fazer eu sei... 
Este será o meu ultimo post neste blog durante uns tempos. 
Quero me isolar um pouco. 
Quero repensar o meu viver e o meu destino. 
Quando a vontade de escrever voltar a florir cá voltarei. 
Mas por uns tempos....fico por aqui. 
A quem me lê, a quem me sente, ama , odeia.... 
Obrigado por tudo mas, entendam-me, preciso disto, desta solução temporária, mas necessária, para me recompor e me curar. 
Adoro-vos a todos os que me deram carinho e apoio...nunca terei palavras que agradeçam aquelas que me escreveram em todos os meus posts. 
Existem palavras que nunca vos direi (sim estou a lembrar-me do filme) e deixo-vos uma das orações mais bonitas que já ouvi. 
Até um dia... Breve...espero eu.... 



P.S.- Thank you ES for the video.... Sorry....


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Barbaridades

Quero escrever. 
Quero escrever a desilusão, a dor, as lágrimas, o peso que me acorrenta. 
Não tenho palavras...pelo contrario tenho lágrimas que me escorrem pela face e me dilaceram o rosto, me matam. 
Morro como me conheço. 
Hoje por teimosia minha morro mais um pouco. 
Auto mutilo-me por pensar que poderia haver um retorno. 
Tento, não alcanço. 
Abro e mostro tudo o que tenho para que? 
Para que? 
Só quero fugir 
Só quero desaparecer 
Esqueço as pontuações e a maneira correcta de escrever e deixo-me ir 
Não quero saber mais disto. 
Não posso continuar assim sem sentido. 
Onde está o meu erro, questiono eu a mim próprio... 
Por querer? Por querer estar mais? 
Por querer ser mais? 
Amar demais? 
O amor é uma merda! 
Só existe para dar cabo da nossa sanidade... 
Escrevo barbaridades eu sei...Vão dizer-me que não pode ser assim..que tudo passa, que tudo se resolve... 
Não. 
Não aceito argumentos assim hoje 
Não quero aceitá-los 
Hoje posso fazer o luto. 
Hoje posso ter tudo e nada. 
Mas prefiro ter o meu nada. 
A constatação da realidade ultrapassa qualquer sentimento. 
As realidades são inimigas do sentimento. 
Hoje tive o desvendar e o desfecho da dura e dolorosa realidade. 
Estou a fechar. 
Vou fechar. 
Acabou.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Point of no return...

Sempre temos algo que nos incomoda.
Sinto-me incomodado, sempre, com algo que falta, com algo que fica por dizer.
Não deviam existir despedidas.
Mas o que é certo é que se elas não existem ficamos sempre com a sensação de que falta algo...
O pior é que ás vezes não é só a sensação...
Temos certezas de que algo ficou por dizer, fazer, querer.
É um sentimento tão ambíguo e inútil que destrói a confiança e ao mesmo tempo torna-a mais forte.
Confiamos que, por não haver uma despedida, as coisas podem se resolver, podem voltar ao que era, podem retornar a um ponto que jamais terá retorno.
Mas no fundo essa confiança desfaz-se num ápice quando já não há nada para dizer, quando já não existe o que sentir, quando não existe abertura de espírito para acolher uma palavra ou beijo de adeus...por mais que ele custe.
E isso incomoda muito.
Ficamos frios.
Gelados.
É fácil olharmos para nós próprios e pensarmos que não há necessidade de uma despedida.
Ficamos sem alma nem coração porque ele fica preso a essa despedida eterna que não existiu.
E vemos que afinal precisamos disso mesmo.
Da palavra proibida que não queremos mas necessitamos ouvir...
Adeus.
Ás vezes quem não tem a coragem de o fazer connosco não vê o que está ali, bem ali, à vista desarmada...
A indecisão, a incerteza, a certeza, a esperança... Uma resolução final.
E neste interregno de emoçoes vamos seguindo sempre com o coração onde não devemos...
Ficou preso.
Acorrentado.
Parado.
E só quando conseguimos voltar lá atrás e esquecemos a necessidade do adeus ele se liberta e volta para nós...sofrido....magoado....mas mais forte pela luta contra as correntes.
Eu queria pensar que não preciso de uma despedida.
Não a tive.
Não vi nos olhos de quem nao disse adeus se era verdade aquele sentimento ou não....
Apenas consegui sentir na sua voz a verdade do que queria dizer e não disse.
Queria ter olhado mais uma vez.
Queria ter beijado na face pela ultima vez.
Mas não.
Digo adeus ao vento...pode ser que pelo menos assim chegue ao destino e seja feita a despedida que eu preciso para desacorrentar a minha alma e o meu coração.
Preciso destes dois para seguir em frente.... fazem-me falta para retornar a mim proprio, ao que era e sou mas que neste momento não tem alma nem coração.
Amei-te. Amo-te. Não quero mais te Amar.
Adeus.



domingo, 14 de novembro de 2010

Excepções....

Ontem falava com uma recente amizade numa tarde fria e ventosa junto ao rio e houve uma frase dita por mim que, mesmo tendo sido dita por mim, ficou a ecoar no pensamento. 
"Quando, finalmente, estava bem...Entra uma pessoa na minha vida que ...." 
Não foi exactamente com as palavras exactas mas teve exactamente o mesmo significado. 
Na vida vemos acontecimentos e situações que nos magoam e fazem-nos acreditar que nunca iremos cometer certos erros ou nunca abriremos excepções que nos magoem. 
Uma grande mentira. 
Mentimos a nós proprios nesse pensamento. 
Quando á um ano e meio resolvi virar a minha vida do avesso sabia bem o que estava a fazer e jurei a mim proprio que nao haveria de cair na mesma asneira, que nunca mais voltaria a acreditar piamente na frase "eu amo-te." 
Mas a verdade é que o fiz. 
Abri uma pesada excepção á minha propria regra. 
Lutei um ano e meio para ficar bem comigo mesmo, com a minha auto-confiança, auto-estima, amor proprio. 
E consegui! 
Mas, finalmente, quando estava bem, quando pensei para comigo proprio que estava a fazer e a sentir tudo da maneira correcta, quando acreditei finalmente que estava em paz, que já nao tinha assim tanto medo da solidão e de estar sozinho, eis que, abro uma excepção. 
E abro uma excepção para me magoar. 
Abro caminho para a desilusão e para um tipo de solidão que até agora desconhecia. 
Mas hoje escrevo por estar calmo, sereno e me ter apercebido que afinal, ao contrario do que esperava, está a passar, esta a ficar mais leve o fardo, estou a criar uma espécie de auto imunidade ao sofrimento. 
Ou talvez esteja a ganhar a consciencia de que afinal de contas aquela pessoa nao merece que eu esteja aqui a sofrer pois nao teve problemas em magoar. 
Não estou a criticar atitudes...estou a constatar factos. 
E a minha conversa ontem, apesar de ser normal e comum entre amigos, deixou-me esta impressão de que estou a recuperar e a seguir em frente. 
Mais forte. 
Mais confiante. 
A recuperar para um dia, quem sabe, voltar a abrir uma excepção novamente... 






sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Escritas....

Estou parado numa porta desconhecida de um beco onde venho entregar algum material e "saco" do telemóvel e ponho-me a escrever. 
Esta-se a tornar num vício escrever a toda a hora e a qualquer momento.... 
A necessidade de se ter a ideia de que o que pensamos deve ser escrito, partilhado. 
Libertador. 
Anti-stress. 
Aliviador da alma este vicio. 
Mas é bom. Muito bom. 
Consigo colocar o coraçao, a alma, o cerebro, a essência do que sou no que escrevo. 
Dizem-me que escrevo coisas com sentimento e aproveito para deixar esta mensagem as pessoas que lêm o que escrevo : 
Tudo o que escrevo faz parte do que sinto, do que vivo, do que penso. 
Não faria sentido, pelo menos para mim, que de outro modo fosse. 
Deixo o meu agradecimento nestas breves linhas pelo carinho, apoio, companheirismo e amizade deixados por todos os que comentam ou me contactam por mensagem. 
Obrigado.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

I thought....




I still have both hands over old photographs 
To remind me of the laughter, and tears 
Times we made love, are more than enough, 
To count them on my souvenirs 

But the one thing I had, I'm missing most, 
Is the one thing I can't seem to find 

I thought you would leave your heart with me 
And that part of you is all I need 
And someday you'd reappear, 
'Cause you knew you left it here 
The only place it could ever be 
I thought I could watch you walk away 
Knowing somewhere down the road you'd say: 
'It was all a big mistake, it was more than you could take', 
I thought you would leave your heart with me... 

I was sure you were mine, just a matter of time 
Until I heard your knock at my door 
But I'm facing the facts, you're not coming back, 
'Cause there's nothing to come back here for 

All that I know, I can't keep on living a lie, 
Oh, but darling... I can't hide the truth 

I thought you would leave your heart with me 
And that part of you is all I need 
And someday you'd reappear, 
'Cause you knew you left it here 
The only place it could ever be 

And if I only knew, what I know now, 
I would have never let you go, I'd still be holding on somehow... 

I thought I could watch you walk away 
Knowing somewhere down the road you'd say: 
'It was all a big mistake, it was more than you could take', 
I thought you would leave your heart with me... 

I thought you would leave your heart with me...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Espaço.

Eu sou o que sou. 
Sou um desespero inconstante. 
Sou o homem perdido. 
Sou a alegria que nao morre. 
Sou a tristeza que nao se ve. 
Sou o amigo que luta. 
Sou a solidão sempre presente. 
Sou o amor forte. 
Sou a paixão louca. 
Sou aquele que estende a mão. 
Sou aquele abandonado. 
Sou a impulsividade mais impulsiva. 
Sou a timidez mais escondida. 
Sou o amante imperfeito. 
Sou as memorias de um alguem. 
Sou a palavra certa. 
Sou o incomodo das palavras. 
Por tudo isto e mais algumas coisas, 
Sou eu. 
Eu como me conheço. 
Eu como nunca saberei. 
E dentro deste eu existe um espaço, 
Um espaço que ficou vazio à espera de preenchido ser, 
Esse espaço que é só teu 
Mas no qual não queres pertencer.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Alma em pranto

Sinto-me a afundar. 
Afundo-me em mim, nos meus pensamentos, na minha solidão. 
Cada vez me sinto mais e mais a entrar num ciclo do qual não vejo a saida. 
Durante o dia no trabalho vou-me rindo, vou procurando algo que me alegre e por fora sou o espelho de que está tudo bem. 
Mas não estou. 
Por mais que o amigos me perguntem se estou bem e vejam que pareço estar bem, não estou. 
Chega a noite e a solidão espera-me. 
Esforço-me por não chegar cedo a casa ou então sair e envolver-me de presenças estranhas na esperança de que o pensamento não fuja. 
Por dentro já não tenho nada, está vazio. 
Mas o que começa a querer afogar-me dentro do peito é muito forte. 
Tem uma força imensa que me arrasta de uma maneira tal que parece estou no meio de um rio de sentimentos em fúria e do qual não tenho forças para sair, para remar contra a maré da desilusão, da solidão, da mágoa, da saudade, do querer e não conseguir atingir. 
Por mais que eu queira dizer, e digo, a mim proprio que vai passar, que vai ficar tudo bem, que tenho de dar tempo ao tempo, que á mais marinheiros que marés, que um dia.... 
Não vale a pena. 
Sempre retorno. 
E vou-me afogando numa tristeza imensa que não deixo transparecer, que escondo, que é evidente mas só quem me conhece muito bem percebe... 
Sim...estou a criar uma máscara...um muro... uma falsidade. 
Mas ninguem me verá chorar. 
Ninguém me verá a alma em pranto. 
Choro por dentro enquanto me vou rindo. 
Quem disse que um homem não pode chorar? 
Claro que pode. 
Chora quem tem na alma e no coração sentimentos que matam, que destroem, que corroem, que nos afogam a vontade de viver. 
Não aguento mais esta dor, este sentimento. 
Mas vou-me afogando...



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Chuva

Existem musicas de dizem aquilo que o coração sente mas a boca não deixa sair em palavras .
Esta é uma delas.
Sinto-me assim....
Para alem deste sentimento tenho de concordar que a voz da Mariza é algo de fenomenal....

Saudades

Tenho saudades tuas ... 
Saudade do teu jeito, do teu cheiro, do teu sabor, do teu riso, da tua voz no meu ouvido, do teu abraço nas horas alegres e quando eu mais precisava deles, da energia radiante que sempre tiveste, daqueles nossos momentos ... 
Tanta coisa que ficou por dizer, nada volta atrás, as acções praticadas já não podem ser desfeitas mas uma coisa é certa: da experiência surge a lição de vida e contigo aprendi que nunca se deve tomar nada como garantido ... 
Estou aqui ainda à espera de ti, de outra oportunidade pois devia ter pensado antes de agir e isso foi onde errei ! 
Se pudesse voltar atrás voltava sem hesitar .. 
Não suporto estar assim, tudo morreu dentro de mim .. 
Se o arrependimento matasse... nem é preciso dizer o meu lugar, pois não ?? 
Só queria estar contigo, ser teu mais uma vez, ficar a teu lado, não sei porque mas não consigo desistir, diz-me que posso tentar, que posso acordar e ver-te a meu lado, que me queres a teu lado.
Dizeres-me que me podes perdoar e esquecer o passado seria tudo o que me ia deixar mais feliz mas a vida é assim.... 
Life goes on... 
Pode ser que o futuro te traga de volta até mim ou que nos cruzemos daqui a algum tempo e tu estejas feliz. 
Nesse dia vou ficar feliz por ti... 
Até la eu espero por ti....
Tenho tantas saudades....