terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Apenas e Só.... 2014/15

Nem sei como começar.
Há muito que não escrevo e parece que perdi o jeito...o toque...o dom.
As palavras correm-me o cérebro mas na hora de escrever desvanecem-se.

Este ano não foi fácil.
Por minha culpa ou nem por isso mas não foi fácil.
No entanto serviu para abrir os olhos em tantos aspectos, e, noutros tantos pontos de vista.
Percebi que tudo aquilo que tomei por garantido pode-se perder num minuto.
Percebi que num minuto posso ganhar a vida inteira.
Que a honestidade tem valor.
Que ser Homem significa muito mais que a simples palavra.

Vivi muito este ano que agora quase termina.
Ri imenso... Chorei outras tantas vezes.
Volto atrás no que uma vez disse:
"Ninguem muda"
Muda.
Eu mudei.
Estou mais calmo.
Estou diferente.
E sinto-o no corpo e na mente.
Apesar de não considerar uma mudança mas antes uma melhoria de feitio ou apenas a anulação daquilo que me tornava um homem menos bom.
Mas mudei.
E olho para mim e para a minha vida agora de maneira diferente.
Os objectivos mudaram.
As vontades evoluiram.
E decidi ser feliz acima de qualquer outra coisa.
E esta maneira de pensar e de agir faz toda a diferença.
:)

Mais um ano que passa....
Já é o terceiro.
Mais um ano que passa sem poder dizer "Feliz Natal Diogo".
Mais um ano em que tudo me dói por dentro.
Queria que estivesses aqui comigo...
Que visses os presentes que tinha para te dar.
Não os comprei filho.
Desculpa.
Não tive coragem de mais uma vez comprar presentes para te dar e voltar a ve-los um ano depois por abrir novamente.
Mais um ano que passa e os presentes de à três anos atrás continuam por abrir no teu cacifo da escola.
Calo-me e finjo que ja não sinto...finjo que ja não me vou preocupar mais porque o tempo se há-de encarregar de te mostrar a verdade do que nos fazem agora....
Finjo mas não escondo de mim a dor de não te poder ver nem saber de ti.
Não o digo em voz alta mas não passa um dia que não me lembre de ti.
Nunca te esqueço...
Mais um ano que passa...
Amo-te Diogo

Nem tudo foi mau este ano, do mesmo modo que nem tudo foi bom.
Mas foi imensamente bom estar com o meu filhote Eduardo.
Arrisco com toda a certeza dizer que foi a melhor semana da minha vida este ano!
Este ano pude fazer quase tudo aquilo que tinha planeado para ti.
Nao fiz mais porque não tivemos tempo mas... foi tão bom!
Estas um homem!
Crescido, esperto, o meu Orgulho enquanto Pai.
Estas longe mas sempre dentro do peito deste teu cansado Pai.
Nunca te esqueço...
Amo-te Eduardo

Todos os anos escrevo estas linhas...
Penso que quem me conhece bem e me acompanha sabe que o faço.
E este ano apenas tenho uma coisa a dizer:
Sejam felizes.
Sejam muito felizes.
Não importa se a comida na mesa é muita ou pouca.
Não importa se há presentes ou não debaixo da arvore.
Pensem bem...isso sao futilidades...
Apenas e só....
Sejam felizes!

Feliz Natal 2014 e Feliz Ano Novo 2015

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Pontos Finais - Uninvited


Pontos finais.
Existe sempre uma altura em que temos de colocar um ponto final.
Para tudo.
Em tudo.
Na vida mais do que pontos finais que precisam ser colocados há que saber encará-los de frente.
Sem medo.
São necessários.
Trazem paz de espirito e aconchego quando a alma se debate na indecisão de algo que pensamos ser e não o é.
Mas há pontos finais que por mais necessários que sejam custam imenso a pôr...
Doem a dizer, a fazer, a assumir que chegou o fim mesmo.
E olhamos para trás...
É irremediavelmente preciso olhar para trás...
Para perceber, para entender, para assimilar, correlacionar, aceitar que aquele ponto final teve um motivo, teve uma razão de ser, teve uma oportunidade desperdiçada de não existir.
Por vezes voltamos a cometer ou a ter atitudes que sabemos que nos direccionam no sentido errado, mas, precisamos de ter a prova final de que tudo precisa de acabar, de deixar, de largar, de ser colocado um ponto final.
E quando finalmente juntamos tudo isto dentro da mente, dentro do coração a mistura é explosiva e dramática.
E percebemos que tudo tem um fim.
E que temos de seguir em frente, cuidar de nós, mantermos a nossa sanidade e cuidado pessoais.
Sermos bons para nós mesmo sabendo que...
Tudo tem um ponto final.
Custa.
Dói.
Magoa.
Alegra.
Faz chorar.
Rir.
Sonhar.
Amar.
Mas tudo tem um ponto final.



Like anyone would be
I am flattered by your fascination with me
Like any hot blooded woman
I have simply wanted an object to crave
But you, youre not allowed
Youre uninvited
An unfortunate slight

Must be strangely exciting
To watch the stoic squirm
Must be somewhat heartening
To watch shepard meet shepard
But you, youre not allowed
Youre uninvited
An unfortunate slight

Like any uncharted territory
I must seem greatly intriguing
You speak of my love like
You have experienced love like mine before
But this is not allowed
Youre uninvited
An unfortunate slight

I dont think you unworthy
I need a moment to deliberate

sábado, 7 de junho de 2014

Stop this Train











Parar o comboio da vida.
É possível?
Céus....estou cansado.
Este comboio rola a 1200 á hora e não para.
Lembro-me do dia em que fiz 30 anos.
Fresco na memoria pelo que eu na altura pensava.
Chamem-me maluco, doidivanas, o que quiserem...sempre tive na ideia desde muito novo que queria viver tudo o que tinha para viver antes dos 30 porque acreditava que não chegaria lá.
Hoje vejo e sinto que os motivos que me levavam a pensar isso estavam todos errados.
Eu acreditava que tinha de amar cedo, criar uma familia, trabalhar e ficar bem na vida porque não ia durar muito neste mundo.
Nesse dia a ficha caiu...estava a fazer 30 anos e aquilo que sempre tinha idealizado como uma vida perfeita não aconteceu.
Fiz asneiras atras de asneiras.
Deixei de viver a juventude porque acreditava que já era adulto....
E os anos estão a passar...a uma velocidade vertiginosa demais para eu conseguir acompanhar.
Porque já não consigo.
Já se me esgotam as forças.
Vão-me dizer... ah e tal...tens 34 anos...ainda és jovem.
E...?
A idade não revela o que se vive nem o que se ha-de viver.
A idade não revela o que se pensa ou se quer ser.
A idade não revela dores permanentes que se acumulam.
34 anos que as vezes se parecem mais com 68.
Quem me conhece sabe que não desisto de nada...resiliente quanto baste para continuar a enganar-me a mim próprio ao dizer que ha sempre uma solução, que não vou desistir mesmo querendo.
Mas estou cansado....cansado de remar contra a maré em tantos aspectos.
E só queria que por um momento eu pudesse voltar atras no tempo...
Não...não vivo no passado...
Apenas penso que gostava de voltar ao passado.
Gostava de poder viver a vida como ela deveria ter sido vivida.
Na altura certa ter feito as coisas certas e apropriadas....
Apenas viver a vida como ela deveria ter sido vivida.
E hoje os motivos que tenho, as razoes em que acredito, para que eu pense que estava tao errado aos 30 são tao simples como complexas.
Não sei quanto tempo vou durar...se estou aqui amanha...se parto esta noite ou daqui a 40 anos...
Mas não quero envelhecer.
Não quero sentir o peso dos anos.
Não quero perder as minhas faculdades.
Tenho tanto que quero fazer e este maldito comboio não pára.
O comboio da vida....
O comboio biológico...
O comboio da vontade....
E admito, e agora roubo uma frase de uma musica que andou comigo o dia inteiro, tenho medo de envelhecer porque só sei viver jovem.
E isso assusta-me.
O meu medo antes dos 30 e aos 30 é o mesmo que tenho agora.
Nunca mudou.
Apenas viveu disfarçado na minha mente.
O comboio nunca vai parar.
Apenas me resta gozar o resto da viagem como eu puder enquanto conseguir
Porque simplesmente a vida não para.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Voltar. Sonhar. Viver.

Cada vez que a vida dá uma volta tudo parece complicado, tudo parece novo, tudo parece inesperado e irreal.
Já dei voltas completas, meias voltas, incompletas e sem sentido que me levaram a sentidos e destinos dúbios e sem fantasia que tornaram a existência de sentimentos um fardo, um peso.
Um comum entre especiais que nunca se sentiu especial.
Sorrio...
Estou diferente.
Tenho aquilo que não tenho tendo a convicção de um dia ter aquilo que não desejo mas que no meu intimo anseio profundamente.
Escrevo sem sentido aparente por pensar que incompreendido sou e as palavras fluem como se a complexidade dessas mesmas palavras me pareça tão simples.
Todos me dizem que sou louco.
Sou dificil.
Mas ao mesmo tempo sinto-me tão… simples.
Olho para mim e penso no que realmente sou, naquilo que me tornei desde que me conheço por um pensamento autónomo e livre e sei que sou assim…
Sei que não estou errado…
Sei que por mais que eu queira dizer a mim próprio que sou rigido e dificil, que sou obtuso e de feições carrancudas por dentro sou Homem…
Humano...
Sinto as tristezas e os dissabores, as alegrias e o bater do coração mais forte a cada emoção.
Escrevo.
Escrevo….
Escrevo porque me liberta.
Liberta-me de tudo, esvazia-me o coração e deixa-me solto e leve, faz-me sonhar e sonhar….
É tão bom sonhar!
O amor surge e nada o pára.
Começa por um sentimento sem sentido e surge sem o vermos, sem o sentirmos qual ladrão que se apodera do que não lhe pertence e lhe é indevido.
Podemos pará-lo com as barreiras que criamos á nossa volta e dentro de nós mas qual ladrão perspicaz e astuto ele apodera-se e nada podemos fazer.
Entrego-me com alma e coração a uma paixão que surge sem ser convidada mas que me conforta e me dá alento e confiança, que me faz sentir, que me faz acordar e despertar, me faz ver que existo para alem de tudo o que criei para me proteger.
Estou calmo...sereno.... como á muito não me sentia.
Uma palavra...
Um toque...
Carinho.
Voltar a sentir algo perdido e que me faz perder todos os filtros.
Fico sem jeito... faço e digo tantas palavras que de baboseiras todo o esplendor têm…
Mas volto a sonhar….
Volto a acreditar.


terça-feira, 13 de maio de 2014

Agarra-me



Agarra-me.
Segura-me a esta vida.
A qualquer vida...
Descobre o fogo que inunda a alma.
Agarra-me o espirito e descobre...
Acorda-me antes de cair.
Vem porque estou a cair e nao quero sentir a adrenalina da queda.
Chamo por ti e nao estas.
Agarra-me. Segura-me. Abraça-me.
Agarra-me.





segunda-feira, 5 de maio de 2014

Viver aos Pedaços

















O que nos faz sentir vivos?
Nos ultimos anos tenho-me sentido vivo aos pedaços.
Tenho sentido a estranha sensação que apenas me sinto vivo em determinados momentos, em determinados acontecimentos.
A parte em que digo que me sinto vivo tem sido demasiado intermitente...
Já tive momentos nos ultimos anos em que tudo parecia fazer sentido e, de repente, já nada fazia sentido...
Como se o que eu considerava ser o caminho certo, a atitude certa, a decisão certa, não o fosse.
Revirei tudo o que tinha para revirar da minha vida nos ultimos meses...
E estou bem. Recomendo-me.
Sinto-me revigorado....estranhamente revigorado.
Estranhamente porque á muito que não me sentia bem comigo próprio, com a minha personalidade, com os meus pensamentos, com as minhas atitudes.
Tive decisões nestes ultimos meses que me fizeram crescer interiormente.
Que despertaram em mim a minha verdadeira essência que a muito estava adormecida.
E gosto. Gosto de mim assim. Adoro-me.
Estou a viver todos os dias como se fosse o primeiro e como se fosse o ultimo.
Sei que isto parece estranho. 
Muito ouço as pessoas dizer que vivem um dia de cada vez e todos os dias como se fosse o primeiro dia da sua vida...mas penso mais alem.
Porque viver como se fosse o ultimo?
Acordo e vivo neste momento a certeza de que tudo o que vou fazer me dará prazer.
Que tudo o que acontecer nesse dia sera memorável
Respiro cada minuto do bom e do mau como se fosse o ultimo suspiro...o ultimo respiro.
Tenho tentado por fazer valer a pena cada dia mais aqui como se fosse o ultimo porque preciso disso.
Não quero planos...não quero momentos combinados....não quero pedaços de vida.
Quero a vida por inteiro!
Quero a vida num minuto e um minuto numa vida!
E tudo o que acontecer acontece. 
Nas ultimas semanas tenho vivido vivo.
Completamente, intensamente, gloriosamente, apetecivelmente VIVO.
Não houve um momento, uma ocasião, um pensamento, em que me tenha sentido adormecido de viver.
Gosto.
Quero.
Preciso.
Tudo isto se chama viver.
Deixei de viver aos pedaços...passei a viver por inteiro.
Como se fosse a ultima vez....mas sempre como a primeira.
Estou e sou feliz comigo próprio hoje.
Hoje conseguiria dizer a celebre frase..."Se morresse hoje morria feliz".
Porque estou feliz.
Ontem fui feliz. 
Amanha serei feliz.
Agora estou Vivo.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Limbo

O que dizer ou escrever?
Que me sinto num limbo atravessado…?
Que preciso de mim e nao me encontro?
Que nao sei o que ando a fazer e isto da cabo de mim?
Uffff….
Melhor que isto…só mesmo a musica.