domingo, 25 de setembro de 2011

Hipócrisia

Hipócrisia.
Quando se vive sabendo que a hipócrisia vive connosco, ao nosso lado.
Quando a esperteza saloia toma proporções épicas ao pensar que consegue enganar a inteligencia pura.
Quando se apregoa uma coisa e se é outra.
A hipócrisia subsiste.
Provavelmente estou a dar o nome errado.
Talvez seja mais....Engodo, engano, mentira dissimulada, teatro, fantochada...
O que lhe queiram chamar.
A mim caiu-me bem o termo Hipócrisia.
Nada comigo note-se...
Apenas me apeteceu partilhar este pequeno pensamento.
É imprudente numa relação pensar que o outro não sabe nada.
É imprudente numa relação pensar que o outro é tapadinho.
É imprudente numa relação pensar que o outro não vê, não sabe.
É imprudente numa relação pensar que o outro não é tão esperto como nós.
É imprudente não perceber que o outro não é esperto...é inteligente.
É imprudente....má escolha de palavra...é estupido mesmo!
Estupidez pura e inconsequente.
A mim sempre me meteu uma extrema confusão nos neurónios determinadas situações que acontecem nas relações a dois....
E agora falo tanto no aspecto femenino como masculino...
Será que as pessoas não vêem que não podem ser de uma maneira no inicio e depois ser de outra quando a coisa está "segura"?
É estupido cair na monotonia só porque se pensa que se ama e que somos amados e...olha deixa andar....já cá canta!
Criam-se desconfianças mutuas que por sua vez criam atitudes menos proprias e condenáveis...
Procura-se entender os porques e, quando não há diálogo, fica-se com a pulga estupida a falar-nos ao ouvido...a alimentar-nos o subconsciente de ideias malucas e cenas menos proprias para tentar justificar o que se passa....
Fazemos coisas condenáveis para tentar perceber, entender, conhecer com o que estamos a lidar.
E descobrem-se coisas, ouvem-se coisas, vêm-se outras tantas...
E destroi-se uma relação assim.
E porque?
Porque na estupidez humana prefere-se agradar ao maximo no inicio para depois quando a coisa está "segura" mostrar aquilo que realmente se é... e o que não se era.
Mas quando se abre os olhos já é tarde.
O mal já está feito, descoberto, visto, fantasiado, imaginado, correlacionado com tudo o de mau que afecta a relação.
Hipocrisia.
Podem até ser coisas do passado, ou presentes...não interessa.
Tudo se descobre.
Por mais escondido, por mais oculto, por mais camuflado, por mais amentirado (de certeza que esta palavra não existe mas gostei de pensar nela),
Tudo.
Se.
Descobre.
Especialmente quando é alimentado por um desejo de saber, de desconfiança.
Coisa que não existiria se as pessoas mostrassem logo o que são...como são.
Se não mudassem com o tempo.
E outras tantas vezes sem querer as coisas caem-nos no colo como uma bomba.
E claro....podem-me até dizer que: "Á e tal...isso é coisa da tua cabeça...estás a ver coisas onde não existem" ou " Só vês aquilo que queres ver...."
Não acredito nisso.
Todas as sombras sao criadas numa origem, num objecto.
Todas as desconfianças têm a sua origem...numa atitude diferente, numa maneira de estar diferente, numa maneira de ser diferente, num gosto diferente....em qualquer coisa que sai fora da suposta normalidade... Normalidade.
Não confundir com monotonia.
Acredito que as relações a dois podem ter a sua normalidade sem cair na monotonia.
Hipocrisia.
Tudo tem uma explicação. Tudo.
É uma boa teoria para os sociologos...
Acredito que teriam muito material de estudo se associassem a hipocrisia á taxa de separações e divorcios...
Como disse...nada comigo neste assunto...apeteceu-me escrever sobre isto...
Hipócrisia.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Adeus

Sempre gostei de escrever...Bom...sempre gostei de pensar nas minhas ideias e sempre pensei muito, muitas vezes, até demais.
Este blogue foi o veiculo perfeito para expor pensamentos, acontecimentos, estados de espirito, situações e desilusões. Algumas alegrias, amores e felicidades.
Mas chega ao fim.
Todo o começo tem um fim.
Tudo o que sobe acaba, eventualmente, por descer...
E chega.
Chega a altura de dizer adeus a quem me lê.
Numa determinada rede social obtive os mais variados comentários á minha escrita.
Observações feitas por estranhos, muitos deles, posteriormente grandes amigos.
Comentários variados á minha escrita...alguns deles incrédulos sobre tudo o que sempre escrevi saia realmente da minha cabecinha desiquilibrada e pensadora.
Outros que sempre me incentivaram a escrever e a nunca para de o fazer...
"Tens jeito para a coisa..." Diziam-me muitas vezes...
Tive momentos bons nesses comentários e alguns dissabores tambem.
Quando escrevo não penso...deixo de olhar para dentro de mim e deixo que os dedos deslizem qualquer coisa que me vem á mente e, muitas vezes, criei dissabores nos amores e, outras tantas, alegrias nos amores.
Foram alturas boas e más.
Pedaços de uma vida decorrida em dois anos e meio de duração deste blog.
Pedaços em que tive Tudo e Nada.
Agradeço profundamente aos que me acompanharam aqui ou noutro lugar.
Um bem haja.
Até um dia em que, ironicamente ou não, terei mais pedaços de uma outra vida qualquer para descrever.
Alguma vida que não a minha.
Adeus.