domingo, 29 de agosto de 2010

Aqui.

Acho incrivel.
Nao vou falar de tristezas nem ser lamechas hoje. Nao estou para isso.
Não me vou queixar mais.
Nao vou atafulhar a minha mente com pensamentos que nao sao construtivos nem correctos.
Gosto de escrever, gosto de deixar os dedos correrem pelo teclado, despejar tudo o que penso aqui... neste cantinho tão isolado do mundo e sempre tao presente e publico.
É ambiguo pensar isto.
Como separar o privado do publico?
Como escrever o que se pensa e sente, sendo que isso faz parte do intimo, sem o tornar publico num espaço que ao mesmo tempo se torna tão privado?
Nao quero com isto dizer que é totalmente privado. Acredito que alguem de alguma forma passa por aqui e lê...nem que seja para se enfadar e seguir para o proximo blog.
Mas para mim é e há-de sempre ser um escape para as minhas emoções e um refugio para os meus sentidos. Privado.
Particular.
Meu.
Posso pensar que estou a ser teimoso e obstinado ao pensar assim, nao querendo tirar certas e determinadas razoes a ninguem, mas na verdade preciso disto.
Já o disse aqui á algum tempo....
Há uns anos atras tinha e gostava de tocar piano. Nao era nenhum exemplo na mestria das teclas brancas e negras que povoam ordenadamente um piano mas conseguia (e ainda consigo com algum esforço) produzir melodias de ouvido agradaveis onde empenhava uma força emocional enorme e que servia como um escape, um refugio, uma maneira de me exprimir quando precisava de o fazer.
Hoje em dia nao tenho acesso a um piano regularmente (embora ja me tenha passado pela cabeça adquirir um) mas por vezes ainda consigo ter acesso ao teclado de um amigo.
Mas ja nao é a mesma coisa.
Os dedos estao pesados e talhados de tal forma pelo trabalho intensivo com as maos que os movimentos se tornaram torpes e errados.
Tenho a escrita.
Um novo amor, uma nova maneira de deitar cá para fora tudo e mais alguma coisa, e tenho sentido, ao longo de ano e meio, que muitas vezes o facto de escrever, de falar pela escrita, de me exprimir ao escrever determinadas situações, emoções ou pensamentos me tem feito bem.
Alivia-me a alma.
É quase como se fosse um depurador.
Filtro tudo o que sinto e penso por aqui.
Escrevo tudo.
Poderia faze-lo sem ser num blog? Podia.
Mas acredito que se o fizesse numa folha de papel branco ou num ecran branco nao seria a mesma coisa.
Seria banal. Perderia o sentido da partilha.
Porque se escrevem livros?
Pela partilha de opinioes, conhecimentos.
Pelo sonho de poder sonhar.
Dou-me a conhecer porque acredito que assim o faço melhor.
Nunca fui muito expressivo em dialogo directo.
Aqui consigo-o.
Livremente.
Sem reservas.
Aqui esta estampada a minha essencia.
O que me tolda a personalidade.
O que me apoquenta.
O que me alegra.
O que odeio.
Aqui.

sábado, 28 de agosto de 2010

Quando um nao quer...

Quando um nao quer , dois nao dançam.
É um facto.
Estou completamente inseguro.
Nao tenho a minima segurança sobre o que estou a viver.
Nada.
Já por natureza sou assim, mas agora sinto-me ainda mais...
Compreendo determinadas situações e contextos mas nao consigo entender como por vezes podemos ser quase que como invisiveis para a outra pessoa.
Isso confunde-me porque nao entendo como é possivel nas mais pequenas oportunidades que existem ( sim porque elas existem) nao haver uma palavra de afecto ou um carinho, por mais dissimulado que seja, derivado ao contexto ou situação em que se está.
E fico inseguro.
Penso que se calhar sou descartavel para determinadas ocasioes, ou até mesmo que, talvez eu nao seja aquilo que a outra pessoa procurava.
O problema é que me estou a magoar de uma maneira ou de outra.
Estou a acreditar que é possivel voltar a ter um rasgo, por mais pequeno que seja, de felicidade e quando vejo certas atitudes o coração dispara e a incerteza apodera-se de mim subjugando e abafando tudo o que de certezas existe.
Nao quero pensar que estou a pressionar e calo-me...e vou-me calando.... e torno a calar.
Nao sou invisivel.
Carente? Talvez...
Gosto de receber na mesma medida em que dou? ABSOLUTAMENTE!
Tenho um mau feitio? Sem sombra de duvidas... (especialmente quando me sinto lixado com algo)
Mas tambem tenho sentimentos e esses, esses sao muito fortes.
Fortes demais. Mania estupida a minha de me entregar, de abrir e dar a conhecer, de querer....
Talvez seja eu que estou errado em pensar que deveria de haver uma procura maior mas chego á conclusao que nao...
Talvez o problema seja eu...
Ou talvez não...
Afinal de contas...Quando um nao quer, dois nao dançam!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Olá Mundo...

Olá Mundo.
Gosto de te ver, de te admirar, sentir, cheirar....
Hoje senti-me bem ao colocar os pés na areia e sentir pequenos grãos entranharem-se por entre os meus dedos.
Adorei sentir a agua do teu mar a bater no meu corpo.
O sol a aquecer-me e a fazer-me lembrar que estou vivo.
Sabe bem.
Sabes, sou assim.
Gosto de coisas simples...
Gosto do cheiro da terra molhada quando chove, Gosto do sorriso dos meus filhos, do beijo da minha amada, de caminhar pelas ruas numa noite de verão, da noite vazia, do dia solarengo, do sabor de um gelado...
Coisas simples...
Pequenas coisas que me dão satisfação e me fazem sentir, amar, viver!
Gosto do retorno e da saudade.
Gosto da perda e do perdão.
Gosto do amor e da solidão.
Mas acima de tudo gosto da vida.
A vida...
Tanto que te poderia contar Mundo sobre a minha vida...
Amo a minha vida.
Tudo o que me tem dado, tudo o que me tem feito sentir, experimentar, sofrer, sorrir ou até mesmo chorar.
Amo tudo.
Cresço a cada dia, a cada momento, a cada passo, a cada acordar.
Estou bem.
Estou feliz Mundo.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Existing?

I cant sleep.
My mind wonders through my life like a brain scan.
I go outside and grab a smoke and as i look at the city i think...so many things go on my mind...
I´m all messed up.
What is the meaning of all?
What´s the meaning of beeing ?
Existing?
Nothing.
Nothing of what i´ve planned as worked.
Nothing of what i took for granted remained.
Nothing of what i´ve loved lasted.
I find myself on an existing and permanent state of sadness.
My only confort are the words i write on this blank page...
What am i going to do?
What am i doing?
I need a change. I need to refresh my soul, my body, my mind, my heart.
This isnt what i figured out to me.
This isnt the plan that i builded for me...
What have i done?
What have i done with my dreams and hopes?
Where are they today?
I want to have hope in the future but i cant... the future looks so dark.
Help me. Help me.
Tell me that the future will be bright.
Tell me that the future will be good.
Say that you will be with me forever.
Make me belive again.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tem de haver algo mais...

Há coisas que nao se explicam.
Sentem-se.
Sinto-me abstraido de mim, abstraido dos meus pensamentos.
Penso em tudo.
Sempre fui lógico por natureza. Tudo para mim sempre teve de ter um sentido, uma explicação.
Nao consigo conceber que existem coisas sem explicação... por mais simples ou complicada que seja.
Sempre tentei perceber o porque das coisas acontecerem.
Sempre tentei perceber porque determinada situação tem lugar ou porque determinada atitude acontece.
Mas neste momento começo a acreditar que certas coisas nao tem explicação.
Começo a entender que nem tudo tem forçosamente de ter uma explicação, uma logica.
Percebo que tenho de dividir as aguas e separar o trigo do joio.
Aprendo que tenho de ser logico no meu trabalho e nas decisoes que tomo nessa vertente enquanto tenho de esquecer que para a minha vida pessoal ja nao o posso fazer.
E não o posso fazer porque nao consigo explicar o que sinto neste momento.
Sei que é bom e verdadeiro o que sinto, sei que amo mas nao consigo conceber uma explicação lógica.
Tive alturas em que pensei que o amor era uma coisa que podia ser explicada. Pensava que amava por determinada situação ou atitude ou até mesmo pela aparencia fisica de alguem.
Enganado estava.
Nao sabia o que era amar de verdade.
Afinal o amor é daquelas coisas que nao tem explicação.
Nao se consegue dizer o porque de amarmos determinada pessoa.
Sim, claro, existe sempre uma componente em que dizemos que gostamos do feitio, da personalidade, da aparencia, das atitudes da outra pessoa mas no fundo se pensarmos bem isso nao chega para se dizer que se ama.
Tem de haver algo mais. Tem de haver um sentimento, uma dor no peito, um aperto no coração, enfim, algo inexplicavel que apenas pode ser sentido. Nunca explicado.
Sinto a falta de quem amo quando nao esta por perto.
Sinto o seu cheiro, o aroma, a essência, quando nao estou com ela. é como se estivesse colado a mim permanentemente.
É algo inexplicavel e ao mesmo tempo é a excelencia do sentimento.
A unica certeza que tenho neste mar de utopias inexplicaveis é que quero tê-la sempre ao meu lado.
Amo-te.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Calma

Como se tudo fosse facil e normal olham para mim e dizem-me: "Tens de ter calma"
Calma...
Interessante.
Como se consegue ter calma?
Qual o verdadeiro significado de ter calma?
Ser politicamente e socialmente correcto?
Ser pacifico e passivo?
Falar devagar e sem me exaltar?
Tenho tido calma. A minha vida com altos e baixos tem sido um mar de calma!
Engulo tudo, aguento tudo, permito tudo... sempre com calma...
Mas quando exponho as minhas raivas, insatisfações, raciocinios abruptos, dizem-me: "Tens de ter calma"
Porque?
Porque sabedoria mais estranha ou verdadeira tenho de ter calma?
Porque?... Se as coisas nao correm bem, se estou á beira de determinadas situações que para mim quase que sao abismos porque hei-de ter calma?
Sou impulsivo e extremo. Aceito esse defeito como sendo um dos meus maiores, vincado a ferro na minha personalidade.
Nao consigo ter mais calma. Nao quero ter mais calma.
Tenho muita paciencia quando preciso ter mas estou farto de ter de ter calma.
Nem sei porque escrevo sobre isto... o dia correu mal mas a noite terminou bem e de repente penso nisto.
Tenho de ter calma... pois...
Calma! Nao me posso apressar muito em ter calma.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Anjo

Estive tanto tempo afastado deste cantinho que acabei a esquece-lo....
Sou tolo.
Volto com a sede da escrita e o arrepio da vida na espinha dorsal do pensamento.
Tenho no corpo marcas profundas e na alma cicatrizes que nao sarei...
Nao sei o que me tornei... Vivo uma imensa confusao de sentimentos dentro de mim.
Nao durmo...desapareço pela noite dentro sem te ver mas permaneço acordado e contigo no pensamento.
Sei o quanto te quero. Sei o que tenho de fazer. Sei como tenho de pensar...
A mente nao obedece. A insegurança de um ser sofrido rasga a vontade e destroi o meu pensamento como se tudo fosse em vao. Perco todo e qualquer sentido nas acçoes extremas e sem sentido.
Porque pensar?
Porque querer explicar?
Porque?
Porque simplesmente nao viver intensamente o que sinto?
Nao consigo...Desculpa meu amor...Nao consigo.
Vivi toda a minha vida a aplicar logicas ao que conheci como sendo amor quando isso nao tem logica nenhuma.
Ajuda-me.
Peço-te.
Sê paciente comigo. Vive a vida ao meu lado consentindo meus devaneios e eu alcançarei a plena segurança.
Nao.
Nao sou.
Sou aquilo que conheces como teu. Sou teu.
Espero por ti numa bruma de sentidos e emoçoes que nao quero explicar, nao quero racionalizar.
Sinto-me tão apertado hoje. Só quero chorar sem motivo.
Será que a alma precisa que o corpo goteje para se sentir aliviada e redimida?
Escorrem-me lagrimas pela face sem sentido algum...so pelo prazer do alivio que isso me causa.
Preciso de ti.
A alma ferida quer dar lugar... quer acreditar...quer sarar.
O corpo entorpecido pelas lagrimas quer o teu regaço como agua que mata a sede de amor.
Vou acreditar.
Preciso de o fazer...Nao te posso perder.
Mostra-me...
Chorei e adormeço...
Estás aqui comigo, entras-te...
Fica, acomoda-te, poe-te confortavel...
O meu coração ja nao tem mais nada...
Só tu meu amor neste momento estas dentro dele.
Cuida dele... É teu meu Anjo.


Smooth


Amo-te