sexta-feira, 20 de julho de 2012

Engolir Sapos

Engolir Sapos.
Com origem na grande praga lançada sobre o Egipto em que os sapos não só invadiram ruas mas também os pratos dos egípcios significa ter de aguentar certas palavras e determinadas situaçoes calado ou fazer algo contrariado.
Estou farto.
Estou farto de engolir sapos do tamanho de bolas de futebol.
Não vejo o meu filho desde 26 de Maio deste ano.
Por entre situações de incumprimento á total falta de comunicação passando por perder por completo o rasto ao petiz e ter de esperar que a justiça aconteça estou cansado.
Sinto-me desgastado e enfraquecido por tudo o que isto está a acarretar.
E tenho de aguentar e engolir um sapo bem maior do que uma bola de futebol para não fazer uma asneira que, certamente, iria arruinar a minha vida tal como a conheço.
Segundo a minha advogada tenho de ter paciência que tudo se vai resolver e ter calma.
Sou franco....estou farto de ter calma.
Estou farto de engolir Sapos!
Afinal de contas eu não sou Egípcio.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Mudar

As pessoas mudam.
É inevitável.
Por mais que digamos que não, que somos a mesma pessoa do ano passado ou de á três ou quatro anos, é mentira.
Nem sempre vemos essa mudança porque vamos mudando....as diferenças são subtis, os acontecimentos da própria vida em si ditam pequenas alterações no nosso comportamento que nem damos conta de que estamos a mudar.
Mas mudamos.
Por vezes até sentimos essa necessidade de mudar.
Já mudei de vida, de hábitos, de vícios, de hobbies, de personalidade, de visual, até de clube.
Mas por dentro, interiormente não mudei.
E sinto-me bem ao pensar que ainda sou íntegro, que ainda tenho valores, que ainda tenho sentimentos, que ainda sou eu.
E quero continuar assim.
Tenho passado na vida por tudo um pouco...e muitas vezes mais maus bocados do que bons...mas sei que isso não me mudou por dentro...no interior da alma, no coração que bate desenfreado para ser feliz, no pensamento que corre sem parar para tentar fazer o que é mais correcto.
Nem sempre consigo, é certo, mas sabe-me bem ter a satisfação de que pelo menos tentei fazer o que era certo.
Cada vez mais me apercebo de como tudo está tão diferente.
Á dez anos atrás tinha uma saúde de ferro....hoje o meu corpo pede quase por favor para que eu pare.
Estou mais lento e mais pesado nos movimentos, mais calmo nas decisões, já não perco a cabeça compulsivamente sem justificação.
Mudei com o tempo.
Mas continuo a ser eu próprio.
Ambíguo.
Contraditório.
Mas é verdade.
Porque as pessoas mudam.
Mas não podem deixar de ser elas próprias.