quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Matar a Saudade

Balanço de vida. 
Porque será que fazemos sempre um balanço de vida quando um novo ano entra? 
Talvez porque até mesmo para nós prórios somos um pouco hipocritas por vezes. 
Dizemos que vamos mudar isto e aquilo e nunca o fazemos.... os dias passam e quando damos conta nao fizemos rigorosamente nada daquilo que ambicionamos no inicio do ano... 
Talvez porque gostamos de rever aqueles momentos que nos marcaram. 
Mas...para que fazer um balanço de vida se a vida ainda nao acabou? 
Não fazendo um balanço mas relembrando dou por mim a ler os meus blogs e a pensar... 
Como a minha vida pode mudar tanto e de tão variadas formas entre o ultimo dia de 2009 e os ultimos dias de 2010. 
Vivi vertiginosamente este ano...que absurdo pensar ou sequer acreditar que nada se passou. 
Esgotei-me quase até ao limite fisicamente. 
Cometi erros atras de erros. 
Tive alegrias que nunca pensei voltar a ter. 
Desilusoes e reencontros, comigo proprio, com pessoas... 
Recordo os dias e emoçoes que me levaram a escrever...o que senti.. o que dei a sentir, o que escondi ou nao partilhei. 
Este é o meu cantinho...o meu refugio. 
Nele depositei carinhos, amizades, sofrimentos, tristezas, alegrias. 
Nele revejo-me constantemente... 
Revejo todo o meu ano em perspectiva escrita. 
Aprecio-me. 
Estou exposto em cada linha que escrevo. 
Ecoa na minha mente a frase: "para mais tarde recordar..." . 
Não será bem recordar, será mais avaliar... 
Avaliar onde errei, onde fui feliz, procurar no passado a melhor maneira de ser feliz, de me ver realizado no futuro. 
Tenho em mim algo... 
Nao sei explicar...as palavras nao surgem nesta mente limitada.. 
Saudades. 
Saudades do que quero ter. 
Sonhos que já nao tenho á muito tempo mas quero voltar a ter. 
A ansia de voltar a sonhar alto...tenho saudades disso mesmo. 
Num balanço de vida imperfeito pois estou vivo ainda, vejo que prometi a mim mesmo, um dia ser grande. 
Talvez e só para mim proprio mas seria grande. 
Vou voltar a sonhar com isso. 
Vou concretizar esse sonho no proximo ano. 
Vou matar a saudade. 





domingo, 26 de dezembro de 2010

Gift

Sometimes.... 

Sometimes life gives us a presente out of time. 

Sometimes life gets on the way and changes everything. 

When you dont expect a thing...it comes. 
Strong. 
Lovely. 
Tenderly. 
Today life gave a gift. 
Today life gave me a gift. 
Your sence, your hug, your kiss... 
The way you looked at me made me tremble inside... 
Your wisper in my ear made me feel like i could do anything! 
And i miss you. 
I miss you too much. 
Come back to me. 
Say you love me. 

Because i love the way you love me.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

4 Paredes

Porque pedimos perdão?
Porque falhamos.
Custa admitir, mas é a verdade.
Por vezes com consequencias que nos matam por dentro.
E são consequencias que nos tiram o chão,
Que nos fazem cair sem rede.
Sofrer
É fácil dizer que não somos os únicos culpados...
Mas quando, lá no fundo, sabemos que errámos...
Aí custa mais a perda, custa mais a dor, custa mais a solidão.
A cobardia é um acto fácil.
A coragem não tem preço e não tem sentimento.
Sinto-me como se estivesse dentro de um poço...
Por dentro grito e esperneio num incessante pedido de auto-ajuda que teimo em não dar.
Caí lá dentro e não sei como sair.
Todos os dias enfrento-me e digo que é o ultimo dia.
Todos os dias me perco em mil pensamentos.
Não durmo.
Á noite vem o desassossego e a solidão.
O meu poço fica mais fundo e escuro com o anoitecer.
Quatro paredes que me engolem na penumbra e me devoram.
Talvez precise admitir que não consigo sair.
Talvez precise entender que não vou a lado nenhum assim.
A minha cobardia é não querer admitir que não posso continuar.
Que não posso olhar para trás.
Que tenho medo. 
Medo de voltar a amar.
É mais fácil ser cobarde e não enfrentar.
Enfrento todos os dias a minha cobardia e todos os dias são intermináveis batalhas dentro de mim.
Mas a solidão de não ter alia-se á cobardia.
E ao fim do dia nestas quatro paredes perco a batalha de uma guerra que eu não queria.
Hoje....
Hoje é só mais uma.
Uma batalha não faz uma guerra.
Não a ganha....
Mas também não está perdida.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Efémero

Porque não é fácil escrever o que nos vai na mente por vezes...
Porque não é fácil dizer o mais correcto...
Porque os pensamentos passam a uma velocidade estonteante na minha cabeça...
E porque eu não paro ...
Simplesmente não paro.
Queria parar.
Por um momento, por um segundo, por uma vida....
Surgem faces e memorias em cada pensamento
O abraço
O sorrir 
O beijar
Eternamente me recordarei de tudo com que a vida me presenteou e retirou.
Eternamente ficarei nesta dormência absoluta por algo que não tive ou não quis ter.
Carregarei este fardo por um momento
O momento de um pensamento
As musicas, imagens, acontecimentos
O toque, o sabor, o calor
Um olhar, um sinal
Por mais ténue que tenham sido estes sinais que toda uma vida envolveram
E todo um coração despedaçaram
Tudo gravado ficou em toda uma altura 
Que nunca precisei encontrar a tempo
Mas que fugaz fugiu 
Mas que solidão deixou
Neste escrito amargura que transparece 
Numa escrita melancólica e tácita que nunca me abandonou 
Desde que amo a produção da minha mente 
Efémero o sentimento 
Permanente o recordar 
Da vida que me escorre pelas mãos como grãos da mais fina areia 
Vida que não controlo e que não consigo dominar em acontecimentos 
Efémero
Serei eu efémero no coração alheio?
Serei eu efémero no teu coração?
Respostas pertinentes 
Que nunca respondidas serão 
Mas que para sempre saberei 
Como ecoam dentro da tua razão.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Base e Alegria

Ao longo destes ultimos tempos tenho sido chato...Impossivel de aturar no minimo.
Tenho sofrido pela falta de um alguem que não interessa agora falar e que, a bom porto e sendo verdadeiro estou a ultrapassar numa nova fase.
Não é por isso que escrevo hoje.
E hoje escrevo com os pés mais assentes na terra fresca da realidade.
A mesma força que tenho nas palavras continua, continuará sempre que escrevo e acredito que nem sempre é fácil entender-me e perceber-me.
Mas quero entender como é possível que certas pessoas vivam mentiras absolutas e durmam bem consigo próprias à noite.
No fundo a questão que coloco é: Será que acreditam mesmo que vão conseguir encontrar o que procuram com uma perfeição tal e extrema que de tão imaculados que são ate fazem doer as vistas com tanto brilho?
Não consigo entender esta parte de alguns seres chamados de humanos.
E tenho pena.
(Sim...sei que a pena está mais presente no ser galináceo!)
Tenho pena porque acredito, pela lógica, que as máscaras criadas desfazem-se mais cedo ou mais tarde, exactamente por terem sido "criadas", "fabricadas", "alimentadas" e "incentivadas" por uma personalidade fraca e inútil para esconder o seu próprio erro, a sua própria fragilidade.
O que quero dizer com isto?
Que vivemos rodeados de coisas boas e más e aquelas assim-assim.
Refiro-me claro ás pessoas.
E o que caracteriza uma pessoa assim-assim?
Uma pessoa assim-assim, a meu ver, na minha opinião (enfâse em que é a minha OPINIÃO), é aquela pessoa que vive iludida consigo própria.
É aquela pessoa que acha que a sua vidinha cravejada por aparências e enganos dissimulados é perfeita.
É aquela pessoa que todos que a conhecem são capazes de colocar a mão no fogo em qualquer circunstancia porque aquilo que ela demonstra aos outros não é aquilo que realmente é.
É aquela pessoa que experimenta um sem fim de hipóteses na sua luta em desespero por uma alma perfeita mas que nunca encontra porque sempre existe algo que não é perfeito, sempre existe um defeito.
É aquela pessoa que infelizmente é triste por dentro.
Mas não uma tristeza de dor e falta de amor, antes uma tristeza profunda e latente que bem lá no fundo mora abafada por toneladas de "base" e "alegria" q.b. para que não se note.
É a(o) melhor amiga(o) de toda a gente e mais alguem mas no fundo está sozinha na vida, no seu quarto, na sua casa à noite numa solidão interminável pois tudo aquilo que constrói com sorrisos e palavras de carinho falsas acaba a destruir pouco tempo depois com frieza e distancia.
É triste....
O pior de tudo para mim até nem são as coisas descritas acima.
O pior de tudo é que estas pessoas conseguem (algumas) criar tão bem, mas tão bem o seu pequeno mundo particular, o seu teatro está tão bem ensaiado e coreografado que são capazes de vive-lo anos e anos a fio ao ponto de acreditarem com tanta convicção e tão intrinsecamente que são felizes assim que nesse seu mundo, para elas, nada pode dar errado.
Que não existe, nem pode existir, imperfeição.
Mas quando um dia a ficha cair, e a cabeça bater na parede vão perceber que nesta vida, ou noutra qualquer, a vida é imperfeita.
Não existem amores perfeitos.
Não existem vidas perfeitas.
Não existem corpos perfeitos.
Não existem Almas perfeitas.
Aprendam...nada nesta vida é perfeito.
E enquanto não conseguirem perceber isso....podem viver toda uma vida fútil e inútil sem se darem conta de que o que fazem influencia directamente e exclusivamente a quem magoam com suas atitudes e enganos.
Hoje escrevo um pouco mais severamente e quiçá um pouco agreste.
Não escrevo para ninguem em especial embora saiba que em algum momento alguem se vai rever nestas palavras e se vai sentir terrivelmente ofendida(o).
Temos pena.
A carapuça há-de servir a quem a quiser usar.
A mim ninguem me pode amordaçar.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Constantemente

Penso em ti. 
Constantemente. 
Entraste no meu pensamento e na minha vida de rompante e com uma força avassaladora. 
E sinto a tua falta... sinto-te dentro de mim. 
Por mais que eu queira dizer que não, a cada dia que passa mais sinto a tua falta. 
O teu beijo suave e terno elaborado por uma boca suave e carinhosa. 
O teu olhar directo e sensivel. 
As tuas mãos com um toque sentido e caloroso. 
O teu sorriso... O teu sorriso é algo de fenomenal e arrasador... 
Não consigo descrever tantas outras coisas em que sinto a tua falta...são tantas.... 
E tenho saudades..... 



quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Segundo 34...

Permaneço na noite. 
Divago em mil pensamentos e o sono nao chega para me atordoar, me acorrentar ao descanso. 
Perduro. 
Lembro. 
Perco-me em afinidades com o meu interior. 
Carregado. Pesado. 
Até onde quero ir? 
Ecos de perguntas antes feitas e não respondidas ecoam no peito 
Os olhos pesam-me a alma e escurecem-se a cada bater do coração. 
Sonho em ter, sentir, viver... 
Sonho acordado, sonho iluminado, estou acordado. 
Até onde posso ir? 
Queria ter simplesmente uma vida, uma outra vida... Simples. 
Queria, Quero, Preciso! 
Palavras que o meu vocabulário não entende e não assimila. 
Escrevo sem fazer sentido até mesmo para mim próprio... 
Surpreendo-me ao pensar que nem sei porque escrevo no alvor da madrugada...Porque não estou acorrentado ao sossego e descanso do meu leito. 
Pobre iletrado que soletra palavras que a sua alma despeja e expulsa pelos dedos num qualquer teclado... 
Olho o relógio...Vejo ponteiros que se movem compassados e que me mostram os segundos de um passado e de um futuro. 
Não existe o presente neste momento. 
Ele passa à velocidade de um segundo. 
O segundo 34 de uma determinada hora marca o ponto final. 
O meu leito torna-se impaciente e grita pelo meu corpo cansado. 
Acedo ao seu desejo. 
E vou. 

Ponto.