domingo, 18 de dezembro de 2011

Caminhos que se cruzam....




















Caminhos que se cruzam.....
Todos os dias vejo esta imagem.
Está mesmo ao lado da minha casa, à vista, a espreitar-me de soslaio cada vez que me achego á janela.
Mas nunca tinha pensado nesta visão que tenho todos os dias como uma metáfora.
Nunca tinha idealizado esta imagem como algo que me pusesse a pensar.
Caminhos que se cruzam.....
Neste ano que agora quase chega ao fim tive um pouco de tudo.
Tive grandes desilusões, grandes paixões, amigos eternos que ganhei, outros a que lhes perdi o rasto.
Neste ano descobri como, à beira de um abismo, fui salvo de me tornar uma pessoa fria.
Caminhos de se cruzam....
Como na imagem nem sempre existe algo ou alguém sentado nos bancos da vida, nem sempre os caminhos a seguir estão preenchido com pessoas ou acontecimentos que fazem com que a gente pare e se sente um pouco nas paragens a apreciar, a observar....
Mas sempre existem caminhos que se cruzam.
Sempre.
Existem pessoas que gostaríamos que nunca tivessem cruzado o nosso caminho, outras tantas mais que gostaríamos de rever cruzar novamente o limiar da nossa existência, e outras que damos graças por ainda seguirem connosco ao longo do caminho depois de se terem cruzado com o nosso.
Mas nisto tudo fica a premissa...:
Quantos caminhos cruzaremos mais nesta vida?
A meu ver?
Todos quantos possíveis.
Sempre aprendemos algo com alguém que se cruza connosco.
Quando nos sentamos nas encruzilhadas da vida e vemos o outro banco vazio é tão triste.
Quando percebemos que não existe mais ninguém a cruzar o nosso caminho e nos vemos sós é muito triste.
Caminhos que se cruzam....
Neste post deixo a minha sincera gratidão por todos aqueles que cruzaram o meu caminho, por bons ou maus motivos, aos que ficaram e aos que partiram, o meu Obrigado.
Caminhos que se cruzam...
Aos meus amigos...que a vida vos dê em dobro tudo aquilo porque esperam noutras encruzilhadas da vida.
Que os vossos bancos nestas encruzilhadas nunca estejam vazio e sempre haja alguém ou algo que apreciem e desfrutem nestes encontros e desencontros que a vida nos propõe.
Caminhos que se cruzam....
Ás minhas "Manas".... Adoro-vos! São os pilares que cruzaram o meu caminho numa fase da minha vida em que não tinha ninguém...em que aprendi a ser Humano com vocês, a ser alegre e divertido, a ter apoio quando mais precisei. Vocês são únicas e especiais para mim. Podem até dizer-nos que não somos sangue do mesmo sangue....mas...que importa! somos Irmãos de Alma! Obrigado por estarem comigo sempre!
Caminhos que se cruzam....
A todos aqueles que não menciono, embora não esquecidos....os meus votos de um excelente Natal e um feliz Ano Novo de 2012.
Caminhos que se cruzam....
Lembrem-se....
A vida tem muitos caminhos...nesses caminhos muitas outras vidas se cruzam no nosso caminho.
Vamos aproveitar e ser felizes??

domingo, 11 de dezembro de 2011

Como é que se esquece alguém que se ama?


Como é que se esquece alguém que se ama? 
Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? 
Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? 
Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? 
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. 
As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar sim, mas como se faz? Como se esquece? 
Devagar. É preciso esquecer devagar. 
Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. 
Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. 
Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. 
Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. 
A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada.
Ninguém aguenta a dor.
De cabeça ou do coração.
Ninguém aguenta estar triste. 
Ninguém aguenta estar sozinho. 
Tomam-se conselhos e comprimidos. 
Procuram-se escapes e alternativas.
Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. 
Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. 
Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. 
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. 
É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução. 
Não adianta fugir com o rabo à seringa. 
Muitas vezes nem há seringa. 
Nem injecção. 
Nem remédio. 
Nem conhecimento certo da doença de que se padece. 
Muitas vezes só existe a agulha. 
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. 
O esquecimento não tem arte. 
Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. 
Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.


(Miguel Esteves Cardoso)



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Gritar!!!!

O que estou a fazer com a minha vida?
Acho que é o tipo de pergunta que fazemos algumas vezes durante a vida e nem sempre a resposta é agradavel...
Mas ultimamente penso frequentemente nesta pergunta tao simples quanto acusadora.
Que raio estou eu a fazer com a minha vida???
Não quero entrar em pormenores sordidos e escandalosos...já lá vai o tempo em que qualquer coisinha servia de pretexto para escrever e derramar um mar de drama por estas linhas fora...
Mas a verdade é...que me sinto...perdido. Sim...perdido é a melhor palavra para explicar como me sinto por dentro....
Deixei-me afogar por um sentimento ruim cá dentro que nasceu no limite entre o que é perfeitamente racional e aquilo que nao conseguimos explicar por ser demasiado ilógico.
E agora não consigo sair deste estado de dormencia e sinto-me á deriva....
Estou á deriva.
Deixei-me acomodar.
Sinto que estou a engolir determinados sapos porque este sentimento ruim alimenta outro ainda pior.
Perdido, desorientado, sem reacção, dormente..
Quero sair disto a bom fugir mas ao mesmo tempo não quero cometer erros sem ter certezas.
Dificil de entender???
Pois....
Não me estou a explicar bem de proposito.
Nada de especial diga-se de passagem....
Apenas o desejo de inovar e seguir em frente....
E volta a pergunta inicial a este pensamento...
Que estou eu a fazer com a minha vida???
Não sei...de facto...Não sei mesmo.
Não sei o que quero, não sei o que hei-de desejar com medo de ser mal desejado, não tenho nada neste momento que me motive a ser uma pessoa melhor... nada.
Nada!
Apetece-me ser frio.
Apetece-me ser estupidamente estupido.
Apetece-me dizer: "Estou-me a cagar para isto tudo" e desaparecer.
Apetece-me gritar...Gritar mesmo a serio!!!
Ir até ao alto de uma falesia e Gritar a plenos pulmões...Gritar de raiva, de nervoso...aquele Grito que sai mesmo lá do fundo da alma...
Pontapear umas quantas pedras e criar dor para ver se ainda sinto alguma coisa que me faça sequer pensar que estou vivo e inteiro.
Porque qualquer coisa será melhor do que esta dormencia estupida.
Porque preciso de me sentir vivo e estou a morrer por dentro...enclausurado dentro de mim mesmo.
Mas que raio estou eu a fazer com a minha vida????

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Blinded

De tudo o que ja vivi e experimentei
De tudo o que ja vi e ouvi
De tudo o que ja provei e senti
Sobra-me a cegueira
De nao ser iluminado por uma luz que me aconchegue
Tenho tudo que nada é
Deixei de sentir a luz que tinha ca dentro
Vazio sigo
A ousadia e vigor de outrora
Uma chama de lutar e querer mais
Apagado sigo
Desapegado e inconformado
Desatinado e confuso
Sem sentido algum para o mortal comun
Incompreendido pelos Deuses carnais
A falta de um nada que em tudo se torna quando real
Quando o tempo nos espera a correr
Porque somos iluminados no derradeiro momento
Porque cegos somos quando nos apaixonamos.

domingo, 16 de outubro de 2011

Felicidade?

As relaçoes humanas sao sempre complicadas.
Ora sao boas demais, ora sao terrivelmente pessimas.
Acho que ate hoje nao consegui encontrar uma relaçao, no meio das pessoas que vou conhecendo, que nao tenha os seus "ques" de desentendimento...ou outras ate que sao tao perfeitas, forçadamente artificiais para ser demasiado extenuantes...
Nao quer isto dizer que a felicidade nao exista...
Dentro dos altos e baixos de uma relaçao existe sempre um ou outro acontecimento de felicidade e momentos que marcam vidas e a alma...
Momentos esses que confundimos com "ser feliz"...
Mas no fundo...
Curto texto sobre este pensamento que me assolou...
Fica a questao...
Sera que estamos a confundir momentos de felicidade passageira com ser feliz?
Há que pensar um pouco nisto....

domingo, 25 de setembro de 2011

Hipócrisia

Hipócrisia.
Quando se vive sabendo que a hipócrisia vive connosco, ao nosso lado.
Quando a esperteza saloia toma proporções épicas ao pensar que consegue enganar a inteligencia pura.
Quando se apregoa uma coisa e se é outra.
A hipócrisia subsiste.
Provavelmente estou a dar o nome errado.
Talvez seja mais....Engodo, engano, mentira dissimulada, teatro, fantochada...
O que lhe queiram chamar.
A mim caiu-me bem o termo Hipócrisia.
Nada comigo note-se...
Apenas me apeteceu partilhar este pequeno pensamento.
É imprudente numa relação pensar que o outro não sabe nada.
É imprudente numa relação pensar que o outro é tapadinho.
É imprudente numa relação pensar que o outro não vê, não sabe.
É imprudente numa relação pensar que o outro não é tão esperto como nós.
É imprudente não perceber que o outro não é esperto...é inteligente.
É imprudente....má escolha de palavra...é estupido mesmo!
Estupidez pura e inconsequente.
A mim sempre me meteu uma extrema confusão nos neurónios determinadas situações que acontecem nas relações a dois....
E agora falo tanto no aspecto femenino como masculino...
Será que as pessoas não vêem que não podem ser de uma maneira no inicio e depois ser de outra quando a coisa está "segura"?
É estupido cair na monotonia só porque se pensa que se ama e que somos amados e...olha deixa andar....já cá canta!
Criam-se desconfianças mutuas que por sua vez criam atitudes menos proprias e condenáveis...
Procura-se entender os porques e, quando não há diálogo, fica-se com a pulga estupida a falar-nos ao ouvido...a alimentar-nos o subconsciente de ideias malucas e cenas menos proprias para tentar justificar o que se passa....
Fazemos coisas condenáveis para tentar perceber, entender, conhecer com o que estamos a lidar.
E descobrem-se coisas, ouvem-se coisas, vêm-se outras tantas...
E destroi-se uma relação assim.
E porque?
Porque na estupidez humana prefere-se agradar ao maximo no inicio para depois quando a coisa está "segura" mostrar aquilo que realmente se é... e o que não se era.
Mas quando se abre os olhos já é tarde.
O mal já está feito, descoberto, visto, fantasiado, imaginado, correlacionado com tudo o de mau que afecta a relação.
Hipocrisia.
Podem até ser coisas do passado, ou presentes...não interessa.
Tudo se descobre.
Por mais escondido, por mais oculto, por mais camuflado, por mais amentirado (de certeza que esta palavra não existe mas gostei de pensar nela),
Tudo.
Se.
Descobre.
Especialmente quando é alimentado por um desejo de saber, de desconfiança.
Coisa que não existiria se as pessoas mostrassem logo o que são...como são.
Se não mudassem com o tempo.
E outras tantas vezes sem querer as coisas caem-nos no colo como uma bomba.
E claro....podem-me até dizer que: "Á e tal...isso é coisa da tua cabeça...estás a ver coisas onde não existem" ou " Só vês aquilo que queres ver...."
Não acredito nisso.
Todas as sombras sao criadas numa origem, num objecto.
Todas as desconfianças têm a sua origem...numa atitude diferente, numa maneira de estar diferente, numa maneira de ser diferente, num gosto diferente....em qualquer coisa que sai fora da suposta normalidade... Normalidade.
Não confundir com monotonia.
Acredito que as relações a dois podem ter a sua normalidade sem cair na monotonia.
Hipocrisia.
Tudo tem uma explicação. Tudo.
É uma boa teoria para os sociologos...
Acredito que teriam muito material de estudo se associassem a hipocrisia á taxa de separações e divorcios...
Como disse...nada comigo neste assunto...apeteceu-me escrever sobre isto...
Hipócrisia.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Adeus

Sempre gostei de escrever...Bom...sempre gostei de pensar nas minhas ideias e sempre pensei muito, muitas vezes, até demais.
Este blogue foi o veiculo perfeito para expor pensamentos, acontecimentos, estados de espirito, situações e desilusões. Algumas alegrias, amores e felicidades.
Mas chega ao fim.
Todo o começo tem um fim.
Tudo o que sobe acaba, eventualmente, por descer...
E chega.
Chega a altura de dizer adeus a quem me lê.
Numa determinada rede social obtive os mais variados comentários á minha escrita.
Observações feitas por estranhos, muitos deles, posteriormente grandes amigos.
Comentários variados á minha escrita...alguns deles incrédulos sobre tudo o que sempre escrevi saia realmente da minha cabecinha desiquilibrada e pensadora.
Outros que sempre me incentivaram a escrever e a nunca para de o fazer...
"Tens jeito para a coisa..." Diziam-me muitas vezes...
Tive momentos bons nesses comentários e alguns dissabores tambem.
Quando escrevo não penso...deixo de olhar para dentro de mim e deixo que os dedos deslizem qualquer coisa que me vem á mente e, muitas vezes, criei dissabores nos amores e, outras tantas, alegrias nos amores.
Foram alturas boas e más.
Pedaços de uma vida decorrida em dois anos e meio de duração deste blog.
Pedaços em que tive Tudo e Nada.
Agradeço profundamente aos que me acompanharam aqui ou noutro lugar.
Um bem haja.
Até um dia em que, ironicamente ou não, terei mais pedaços de uma outra vida qualquer para descrever.
Alguma vida que não a minha.
Adeus.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O livro.

Talvez seja estupidez mas vou tentar.
Hoje enquanto passava os olhos logo de manha cedo por aquilo que escrevi, e enquanto lia alguns comentários, surgiu-me esta fascinação nova.
Já me disseram por várias vezes em tom de questão o porque de não me dedicar á escrita...
Pois não sei.
Nunca escrevi de maneira fantasiosa ou romanceada.
Sempre escrevi o que me ia cá dentro...sentimentos, angustias, revoltas, amores e dissabores.
Como se fosse uma memoria que ficasse.
Escrita e timbrada numa página escondida na internet.
Mas porque não tentar dar azo a esta minha veia noutro sentido?
Porque não tentar escrever sentimentos, histórias e lições de vida numa espécie de livro digital online?
Parece-me um bom desafio...quanto mais não seja a mim proprio.
Pode ser que saia asneira....mas porque não tentar?
Vão acompanhando...prometo conforme a disponibilidade postar a partir de hoje alguma coisa nova irá surgir todos os dias nesta cabecinha pensadora e deturpada.
Espero que gostem.

sábado, 27 de agosto de 2011

Medo de voar

Deixei de escrever é um facto.Tenho tido imensa vontade de escrever o que me vai na alma mas não tenho tido coragem.
Na verdade tenho tentado gerir os meus sentimentos interiores exactamente onde eles nascem...interiormente.
E não tenho deixado que esses mesmos sentimentos transpareçam para fora pela escrita e pelo desabafo que provoco a mim mesmo ao escrever aqui.
Mas já não aguento mais.
Tenho de o fazer.
Estou com tanta pressão dentro de mim que se não escrever e não deitar cá para fora nem que sejam estas simples linhas de justificação vou acabar como comecei.
Estou a enveredar por um caminho no minimo perigoso para mim próprio.
Estou a deixar que o meu passado me assombre todos os dias e me traga á memória tudo o que já passei.
E o mais curioso nisto tudo é que se eu analisar a frio tudo o que me rodeia neste momento, eu não tenho motivos.
Ou melhor...Não tenho motivos reais.
Os motivos imaginários que a minha cabeça cria derivado ao que ja passei parecem existir mesmo que eu não queira.
Tenho momentos em que desejo que o meu cerebro passe por uma daquelas crises amnesicas severas.
Vivo um pouco neste tormento todos os dias.
Nunca imaginei que me iria tornar num ser tão intrinsecamente desconfiado.
Apesar de que a minha natureza sempre foi de uma pessoa extremamente logica é certo mas....se calhar estou a baralhar logica com desconfiança...
Dizem-me que sou boa pessoa e bom homem.
Dizem-me que me preocupo em excesso com os outros e me esqueço de mim próprio.
Em parte talvez seja assim.
Não sei até que ponto quem diz isso talvez não veja que, não convem confundir preocupação com desconfiança.
Estou a cometer um erro tremendamente grande ao pensar assim? Talvez...
Já não sei muito bem onde hei-de enquadrar a preocupação que tenho com os que me rodeiam...
Preocupa-me que o meu passado me faça pensar que todos as pessoas devem ser regidas pela mesma lei quando eu proprio nunca acreditei nisso...sempre tentei ver o que existe por detrás de uma aparencia ou de uma conversa justamente para não reger todos os que conheço pela mesma lei.
Mas ao mesmo tempo parece que não consigo confiar, acreditar, deixar-me ir a 200%.
É como se a minha mente me dissesse a todo o momento:
"Cuidado! Olha que já passaste isto ou aquilo por causa disto ou daquilo..."
É uma estupidez!
É uma merda tremenda!
Ninguem devia ter memória.
Assim não se sofria por antecipação.
Apesar de me sentir muito feliz, por outro lado sinto-me sempre desconfiado.
Basicamente é este o sentimento que me atormenta e tudo o que acarreta esse tipo de sentimento me acorrenta e não me deixa viver em plena, mas mesmo plena, felicidade.
Como vou combater isto?
Não sei.
Talvez dando tempo ao tempo.
Porque ás vezes é tarde demais para seguir em frente...
E outras vezes é cedo demais para voltar atrás.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Um pequeno desabafo....














Muitas vezes venho aqui escrever com um sentimento de egoísmo.
Sinto-me egoísta ao só vir aqui para me queixar.
Mas a verdade é que é aqui que desabafo.
É aqui o meu confessionário.
É aqui o meu pequeno mundo....aquele onde só eu estou e só para mim falo sem medos e sem pensar que serei recriminado pelo que escrevo, penso ou sinto.
Hoje num dia extremamente atípico chego aqui em baixa forma comigo mesmo.
Há certas coisas que me enervam solenemente.
Tiram-me do sério como se um vulcão irrompesse de dentro de mim e me toldasse as boas maneiras e bons modos.
Toda a gente que me conhece sabe que não sou um exemplo de simpatia no olhar ou no trato.
Sou rude e carrancudo.
Ando sempre maldisposto.
É a minha maior defesa, o meu muro mais alto, o meu refugio.
Escondo-me atrás disso para que não vejam a minha fragilidade.
Mas voltando ao meu dia....
Fico possesso quando estou a fazer alguma coisa e não estou a conseguir atinar com a solução para realizar esta ou aquela tarefa e me tentam tirar o que estou a fazer das mãos!
Porque sou persistente e obstinado não admito que mo façam!
Fico mais do que possesso...Fico com um sentimento de impotência permanente.
Porque gosto de ir ao fundo do que quero fazer.
Gosto de começar, descobrir, solucionar e acabar.
Mesmo que não saiba o que estou a fazer, ou que,nunca tenha feito determinada tarefa gosto de fazer para aprender.
Agora quando me tiram o pão da boca....cai o Carmo e a Trindade!!!!
Sou pior que um burro teimoso quando finca o pé e não quer andar!!!
Hoje fizeram-me isso e mais algumas coisas que não gostei mesmo nada....em suma...um diazinho de cão para variar....
E escondo-me....escondo-me nesta capa de má disposição permanente.
Mas o pior não é bem isso.
O pior é que no pico da raiva e da confusão acabei a descarregar em quem não merecia e em quem nada tinha a ver com o meu dia de trabalho...
E depois senti-me extremamente mal...
E vem aquele sentimento de inutilidade e auto-comiseração de que só fazemos asneiras e merda....sim é essa a melhor palavra....
Mas sou assim....muitas vezes disfarço e digo que está tudo bem quando não está.
E venho aqui ao meu cantinho escrever.
Venho aqui deixar as palavras ao vento que muitos lerão e amanha não se lembrarão mais....
Deixo aqui pedaços de angustias e dissabores porque, no meu mundo, neste pequeno grande mundo que é a minha cabecinha complicada, nem sempre existe um muro tão alto para transpor....
Basta um olhar para me perceberem....uma frase....
Não sou assim tão complicado e tão exigente como aparento...
Sou frágil.
Sou tão frágil que basta uma palavra para acabar com este meu mundinho interior e fazê-lo desabar como um castelo de cartas.
O meu mundo está tão fechado e tão escondido dos outros que começo a sentir-me perdido dentro dele.
Começo a acreditar que ninguém nunca me vai entender tão profundamente que sem eu precisar falar saberão tudo o que vai cá dentro....
Resta-me a esperança e o tempo.
Para que de algum modo eu seja entendido e decifrado profundamente.
Não....este escrito não é um recado a ninguém nem tão pouco uma mensagem de alerta....é apenas aquilo para que estas linhas servem....
Perdoem este egoísmo meu mas é apenas, e só,
Um pequeno desabafo.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tormentos

Sou assim...
Não sei se sempre ou se por força de tantas circunstancias que agora não importam nada.
Ou não....
Na verdade sou assim á pouco tempo.
Admito.
Mas não chega admitir um erro, um defeito, se não soubermos mudá-lo, toldá-lo, atenuá-lo.
É um erro pensar que não importa, que conseguimos que esse defeito não se vai ver porque pensamos que o conseguimos esconder.
Mas eu nunca consegui esconder os meus defeitos...
Talvez porque nunca fiz um esforço para isso...
Não escondo o que sou e o que penso.
Tenho de aprender muito ainda.
A minha auto-estima enganou-me.
Enganei-me a mim próprio ao pensar que a minha auto-estima estava no bom caminho.
Estou inseguro e sinto que isso me está a prejudicar e a prejudicar quem eu amo.
Minto.
Sempre fui inseguro depois que a minha vida tomou rumos que me deitaram na merda.
É algo que, infelizmente, não tenho conseguido controlar e não tenho sido capaz de gerir.
Sei que estou a ser amado como nunca fui e mesmo assim esta falta de confiança em mim próprio não me deixa acreditar a fundo que serei feliz.
É uma dor, uma desconfiança, um tormento causado por mim próprio...infligido por mim a mim.
Tenho de acreditar mais.
Tenho de amadurecer mais.
Tenho de ser melhor pessoa aos meus olhos se quero ser feliz e fazer feliz.
Hoje estou assim.
Ou será que sempre fui assim?
 

domingo, 3 de julho de 2011

Pontos de viragem

Novos ciclos.
A vida é imprevista.
Perturbadoramente e inesperadamente uma caixinha de surpresas.
Num ponto de viragem que nunca esperei mudei tudo.
Aposto numa alteração brutal por amor e por carinho que nunca, até hoje, tinha recebido de maneira tão intensa e tão sincera.
Mergulho....Entro a pés juntos, de cabeça, o que seja....
Como se á beira de um penhasco com o oceano pela frente e naquele impasse de mergulhar de cabeça sem saber o que me espera lá em baixo na agua, eu atiro-me de corpo e alma.
Numa reviravolta improvável de acontecer, fecho um ciclo, renovo-me e mudo a maneira de viver nesta vida.
Fecho a porta da solidão e abro a janela do amor e da compreensão. 
Quem me conhece e, atentamente, conhece o que me vai dentro do peito sabe que nunca o faria se não tivesse uma certeza mais do que certa em relação ao passo que tomei.
Sou indeciso por natureza e inseguro pela vida e por tudo o que passei.
Meço todas as atitudes que tomo racionalmente e ponderadamente sobre a minha vida.
Quem me conhece bem e me lê sabe disso....
Mas hoje...
Hoje fecho um ciclo.
Dentro de mim abandono a solidão que me fazia chorar todas as noites um pouco por dentro e me matava aos poucos o que ainda restava de sentimentos.
Dentro de mim afasto a frieza que começava a ganhar ao calor do carinho e do abraço sentido para amar sem medidas e sem medos.
Parei.
E quando parei encontrei...
Fui encontrado.
Resgatado do abismo.
Alguem que me puxou lá do fundo pelos dedos....já não havia espaço para agarrar a mão...
Restavam apenas fragmentos do que eu era....
Mas ainda existe muito por fazer.
Tenho de abandonar a desconfiança de que posso me magoar novamente.
Há que deixar correr o tempo...Ainda estou no ar....atirei-me e ainda estou a voar rumo á agua lá em baixo....
A adrenalina do voo não me deixa antever o que está por baixo da agua....é um jogo em pleno voo que é jogado intensamente e muito rapidamente.
Vou mergulhar ainda mais fundo neste amor ou baterei numa rocha dissimulada pela agua?
Não sei...
Aceito a aposta deste jogo em que as hipóteses de ganhar são imensamente maiores do que as hipóteses de perder.
Confio no salto que dei.
Confio em ti meu amor.
E nestes pontos de viragem sigo contigo.
Estou ao teu lado...finalmente juntos porque o que nos une não se explica.
Nestes pontos de viragem pertenço-te e tu a mim.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Pulga atrás da orelha!

Como se sabe quando se ama?
Questão pertinente esta.
Não se sabe.
Ou melhor....
Sabe-se e pronto.
Mas no fundo quando descobrimos que amamos uma pessoa???
Quando sentimos falta?
Talvez.....
Claro que a saudade de estar com a pessoa pesa mas nao podemos confundir amor com saudade.
Acredito que nunca verdadeiramente sabemos o quanto amamos alguem até acontecer algo que nao esperamos.
Quando nas dificuldades aquela pessoa mantem-se inalteravel e conseguimos ver nos seus olhos a dedicação e o amor.
A vida não é um mar de rosas.
Quem alguma vez disse isso mentiu!
Existem momentos maus e complicados...sempre!
Nessas alturas é que podemos saber quem nos ama e quem esta lá para nós.
Nas atitudes.
Na maneira de agir.
Na maneira de falar.
Na maneira de olhar.
Sou observador por natureza....
Vejo tudo o que está ao meu redor e analiso.
É um defeito meu estar sempre a racionalizar e a tentar perceber o que se passa e, quando algo está diferente, eu noto.
Por mais infima que seja a diferença.
Infelizmente, por situações que já vivi e que nao interessa nada agora escrever, aprendi a ser mais cauteloso e mais observador que nunca no que respeita ás atitudes e comportamentos.
E sei ver as diferenças.
Sei perceber quando algo não esta bem.
Porque quando se ama alguem percebemos.
Será aqui que se entende quando se ama alguem?
Quando percebemos as diferenças e sabemos, mesmo sem que sejam ditas palavras, que algo nao esta bem?
Porque no mundo dos princepes, princesas e sapos tudo é muito giro enquanto tudo corre bem.
Na vida real nao é assim.
Quando vemos que existem defeitos, que existem erros, que existem atitudes que nao gostamos, ai percebemos se amamos ou nao aquela pessoa.
Pois....hoje estou assim....
Nada que amanha ja nao tenha passado.
Mas estou com a pulga atrás da orelha.
Já me conseguem responder á primeira pergunta que fiz?

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sapinho

Nunca fui o herói de ninguém.
Por mais que, em alguns momentos da minha vida, tivesse esticado a corda e tivesse dado tudo o que tinha, nunca foi suficiente.
Nunca alcancei aquele estado de graça.
Não sei o que nos reserva o futuro...não poderei nunca saber se vingaremos.
Não faço promessas que não posso cumprir, nunca o fiz....
Dentro de mim tenho apenas certezas de que algo está vivo e mexe cá dentro quando estou contigo.
A nossa historia está a ser escrita.
Palavra a palavra, página a página.
Quero que saibas que estou aqui.
Quero encontrar aquilo que tantas vezes me fugiu das mãos.
Chegaste na altura certa quando não te procurei, quando não te queria, quando já não havia mais esperança.
Sim....já não havia esperança.
Estava resignado com o que tinha e com o que sentia...e não sentia nada.
Tinha a revolta e a raiva dentro de mim.
Queria perceber os porquês e as razões e quando me preparava para ser o ser mais frio que poderia existir dentro de mim tu apareceste com o fosforo que faltava para reacender uma brasa que se extinguia e deixava, lentamente, de aquecer e de brilhar.
Eu sou tudo aquilo que vês e o que não vês.
Sou menos daquilo que esperas e muito mais do que poderás imaginar.
Porque dentro de mim existe muito mais do que mostro... existem valores, atitudes, sentimentos, razões e lógicas que com tempo descobrirás.
A Certeza de que estarei no caminho certo não ta poderei dar.
Só quero que caminhes a meu lado e me ampares nas minhas quedas.
Porque eu estou aqui .
E não quero te perder...não te quero magoar.
Mereces tudo o que de melhor eu te puder dar, o que de melhor eu tiver dentro de mim.
Ajuda-me peço-te....sê como és e não me intimides nem desiludas.
Porque acima de tudo quero estar, e ser, e sentir-me, e amadurecer feliz.
Porque me sinto bem contigo.
Porque estou bem comigo próprio...revigorado. 
Porque sei que cá dentro a tua semente está a florescer e a minha brasa está a ser alimentada pelo combustível do amor.
Quem disse que as princesas não tem direito ao seu princepe?
Quem ousará dizer que este sapo não terá a sua princesa?


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Frustrado

Entrego-me sem vontade.
Escrevo sem sentir estas palavras porque nada flui.
Não tenho tido vontade sequer de escrever.
Minto.
Hoje tive.
Nestes ultimos dias, semanas, algumas coisas abalaram o meu pequeno mundinho onde me refugio.
Algumas portadoras de uma felicidade que já não esperava....outras de uma surpresa negativa que me surpreendeu e me deixou triste e revoltado por dentro mas que, ao mesmo tempo, consenti.
Talvez eu, na verdade, não tenha aprendido ainda muito bem a avaliar personalidades.
Penso nisto e repenso.
Como certas atitudes nos podem surpreender tanto.
Começo sem vontades e desejos e entrego-me porque me sinto bem a quem me entrego.
Senão não o fazia.
Talvez o problema seja mesmo eu.
Se calhar preocupo-me demasiado.
Mas sou assim...vou-me preocupando com quem não devo e deixo para trás quem devia ser a minha preocupação primária.
A vida pode mudar tanto.....assusta, morde, queima, arrebita e aguça o espirito.
Mudar é bom, claro que sim, mas....
Caramba...realmente quando se quer escrever e nem se sabe bem porque as palavras parece que nao querem ser escritas, pronunciadas, descritas.
Falha o tema, o contexto, a direcção.
Não vou continuar.
Agora fiquei frustrado.
Bahh.....
É melhor deixar a musica falar...

domingo, 15 de maio de 2011

Como areia

Já não escrevo à imenso tempo.
Tenho me mordido por dentro todos os dias para não o fazer.
Ando com a mosca...com a veia...com a neura, como preferirem...
Digo que não sei porque....
Saber até sei. Claro que sei. O problema é esse.
Tudo me foge ao controle. 
Sinto a minha vida a fugir-me das mãos...como a areia.
Alias, estou tão partido em mil pedaços como a areia...incontável.
E já nem sequer faço um esforço para encontrar os pedacinhos que me faltam.
E não estou a gostar de mim assim...nem um pouco.
Finalmente a solidão venceu-me.
Fui, e estou a ser, deglutido a um ritmo rápido e improprio para cardíacos.
Mas já nem me magoa....
Deixei-me vencer...mesmo. 
E estou a fazer aquilo que qualquer FDP faria...A ser frio, calculista, racional...exageradamente estúpido e egoísta.
Dizem-me que devo de o fazer para aproveitar a vida. 
Mas foda-se...Qual vida????
Que vida se tem quando se vive permanentemente na solidão dos sentimentos, vazio, gelado, sem sentir, sem querer, a calcular cada frase e cada gesto????
Isto é viver????
Ter sexo por ter???
E depois no final nada, mas rigorosamente NADA, fica????
Sim...porque no fim de tudo, sem sentimentos, passámos um bom bocado...é verdade... mas... e depois???
Quem nos espera??? 
O que nos espera????
A amiga mais que fiel....estupidamente fiel...aquela que já não aguento mas que ao mesmo tempo me faz companhia...solidão...a minha mais fiel amiga Solidão.
Não quero isto para mim.
Vivo rodeado pelas pessoas mais importantes que poderia querer ao pé de mim, ao meu redor, em qualquer hora e em qualquer momento. 
Mas, desculpem, não conseguem vencê-la...bate-vos aos pontos! 
Infelizmente...
Tenho acumulado cá dentro sentimentos de revolta, estou revoltado, com tudo, com todos!
Porque já ninguém olha para dentro de nós.
O mercado da carne é imenso e prolifera como uma praga...é uma pena.
Tenho saudades de quando era olhado e, por ser transparente, quem me olhava sabia que eu não precisava abrir a boca e falar....simplesmente me "lia" num olhar...
Poucos são os que hoje o conseguem fazer.
Porque escondo. 
Tenho mostrado demasiado e não tem valido de nada.
Desmancho-me por inteiro. 
Entro pelas portas da vida e encosto-me ás ombreiras da solidão...
A necessidade de me sentir completo desaparece a cada dia, hora, minuto, segundo...
Agora já sei como "nascem" os FDP´s da vida....é assim.
Ou alguém me agarra e me tira do abismo ou vou magoar muito boa gente.
Ou talvez não.
Detesto-me profundamente assim...eu não sou assim...não quero ser "isto" em que me torno.
Mas foge ao meu controle....
Como areia.


I´m just not capable of being true to who i am....im loosing it deeply.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Fugir.

A verdade é que estou a fugir.
A verdade é que tenho mesmo vontade de fugir.
Quero sair daqui. Tudo aqui me desilude.
E quando na minha solidão penso que tudo vai correr bem...
Vem a vontade de fugir.
O futuro é uma consequência disso e a opção que oportunamente apareceu a melhor solução.
Mas faço-o com tanta tristeza...porque no fundo não quero.
Não quero mesmo.
Obrigo-me a pensar nesta "fuga" como isso mesmo.
E os dias vão passando e vai crescendo a tristeza de saber que vou deixar algo aqui que preciso.
Preciso mas não sou precisado.
Chego a casa e sento-me aqui...em frente a este ecrã...só...sempre só.
Saio de casa para ver gente...para enganar a minha companheira de vida, de alma, de coração.
Sim é um engano....porque por mais pessoas que possam existir ao meu redor....nada me completa, ninguém....
E aquilo que poderia me completar não está.
Ás vezes penso que estou a ser egoísta porque só penso nos meus sentimentos, naquilo que quero. 
Mas queria tanto, quero tanto, desejo tanto, a cada dia que passa cada vez mais...e não me entendo nem entendo o porque deste sentir que não é suposto, ou pelo menos não era suposto, existir.
Na ausência destes dias, desta vida, destes momentos e segundos que passam, supostamente as coisas deviam amainar, acalmar, serenar. Infelizmente não...para meu desespero.
Para desespero de quem não quer perder e esta a perder...sim eu sinto que estou a perder.
E agora que não queria por tantas razoes sendo esta a mais importante, opto por fugir....
As coisas estão a antecipar-se, a acontecer, a realizar-se e eu estou a perder o controle...estou a deixar-me ir cada vez mais fundo nesta amargura de não ter e ter ao mesmo tempo.
Porque tenho o que inicialmente queria e não tenho o que agora quero...
E entre o querer e ter efectivamente...é um caminho utópico a percorrer.
E digo adeus. Vou dizer adeus. 
Vou fugir.
Deixo para trás aquilo que poderia ser a minha felicidade...supostamente.
Nunca o saberei.
Afinal de contas estou a fugir. 





Existem momentos
Em que olhámos para trás, 
E sentimos saudades...
De tudo o que tivemos...
Dos risos...das alegrias...
Das confidências...
Das maluqueiras...
Do sentimento que existiu algures...
É disso que sinto saudades...
Daquelas mensagens de bons dias...
Daqueles telefonemas tardios...
Do acordar e saber que mesmo longe,
alguém pensava em mim ... 
Mas como tudo na vida,
As situações alteram-se
E os sentimentos parecem desaparecer...
Fica apenas a saudade de tudo que outrora tivemos...
Nunca deixem de dizer a alguém:
"EU AMO-TE ...EU PENSO EM TI!"...
Porque no dia em que perderem o orgulho 
E estiverem dispostos a dizê-lo,
A outra pessoa pode já não estar lá para o ouvir...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sorry...

Should i write?
Should i care and tell my soul to write?
Fear comes in the shape of words that must not be said.
My words can kill a friendship.
My words are powerfull...and i dont know if i want that power.
For the first time in my life since i write i am afraid to do it.
Because my feellings are at the edge...
In the tip of my fingers.
I made a promisse...
I intend to keep it...but its being hard to....
I miss....
And i miss so much...
The absence is killing more than the closed mouth to keep this promisse.
I dont want to say that i´m backing out but...what do i have left?
My heart is so fragile today...my soul is weeping from inside...
Open your eyes to what is in front of you.
Mine are opened...
Wish i could be...
Today theres more pain in these words than has ever been...
My fault i know that....
Exclusively my fault.
Shame on me because i couldnt control it...and i still cant...
Im sorry.....

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Eu Próprio.

Alguém que começa a sua vida consciente.
Foi assim que comecei a minha.
Dentro daquilo que já vivi até hoje fiz um retorno a memorias que, se tanto tem de bom, também de mau o tiveram.
E no meio de algo que se diz, que eu próprio digo, surgem pensamentos que partilho e absorvo para mim com a condição de aprender algo com as minhas próprias palavras.
Comecei a viver cedo demais. Nasci para a vida cedo demais.
Criei ilusões e expectativas de uma vida perfeita sem me terem ensinado que a vida nunca será perfeita.
No meu retorno senti a necessidade, enquanto conduzia, de deixar algo aqui que permaneça como memoria.
Como...como algo que um dia mais tarde, ou até quem sabe brevemente, alguém lerá e saberá o que pensava naquela altura, naquele momento.
A vida vai mudar para mim. Preparam-se alterações de fundo e mudanças bruscas e drásticas na minha existência aqui como a conheço....como me habituei a conhecer.
Pela minha vida tive experiências que sempre estarão lá...
E numa frase que sai sem pensar eu digo: "Aqui, quando estou aqui, neste momento sou eu próprio."
Convém clarificar o contexto de forma subtil e directa ao mesmo tempo.
Na minha vida afectiva tive pessoas que me marcaram...quer pela positiva, quer pela negativa.
Assim como certamente eu as marquei também de ambas as maneiras.
Hoje em tom de memoria enumero estas fases descritivamente.
As que maior importância para mim tiveram sem duvida alguma.
Cada uma perceberá quem é...quem descrevo sem precisar usar uma sigla, um nome, uma letra.

- Conheci-te numa noite de verão quente. Jovem e inexperiente na vida .
Nessa noite achei-te a pessoa mais bonita daquele espaço. Depois de uma noite convivemos. Namorámos.
Tínhamos de o fazer. Errei muito contigo eu sei. Errámos os dois. Erras-te tu. Não consigo atribuir culpas a nenhum porque éramos tão novos...meu Deus...como éramos crianças a desabrochar...hoje vejo isso.
Foste para mim o irromper pela vida adulta...as responsabilidades que não tinha até então surgiram e nem sempre fui exímio nessa tarefa. Eras mais tu. Sempre foste mais tu. Terminámos as coisas como tinham que ter terminado. Hoje respeito-te muito. Admiro-te até. Mãe, Esposa, Mulher. Acredito que agora és realmente feliz de uma maneira que nunca poderíamos ter sido. Era-mos diferentes na altura e diferentes agora somos. Mas no final de tudo o que passámos e com o tempo soubemos assimilar essa diferença em prole de um bem maior conjunto. E neste momento isso deixa-me tranquilo. Nada te tenho a apontar. Acredito que fazes o melhor que sabes e que a vida te ensinou. E isso para mim basta.

- Passava por ti e dizia a mim próprio: "Um dia vou vou-te conhecer."
Sonhava ter uma mulher como tu e nunca pensei por um momento que sequer algum dia olhasses para mim.
Mas olhaste. Ensinaste-me a ser Homem.
Mostraste-me um lado diferente da vida que ate então desconhecia. Fiz contigo aquilo que nunca tinha feito. Passámos bons anos juntos. Maravilhosos momentos em que te sentia como minha e eu como teu. Mas deixei de ser eu próprio. Cometi esse erro imperdoável para mim e contra ti.
Não me respeitei o suficiente para entender que amar não era matar-me.
E caí fundo na falta de ti e do teu carinho. Mas tornei-me homem. Aprendi a maior de todas as lições de vida que poderia ter tido.
Amar não era morrer como me conhecia por ti.
No fruto do nosso amor revejo-te. Confesso...hoje em dia detesto muitas coisas em ti. Coisas que abomino mesmo com todo o nojo que me causam. A maturidade em ti não te fez bem. Mas quem sou eu para te julgar... Acredito que um dia, de tudo o que tens feito, colherás frutos. Espero que não sejam amargos....não to desejo. Já te odiei, já te tive raiva imensa, já tive pena, mas hoje tenho apenas simpatia e compaixão. Calo-me perante situações estúpidas e desmedidamente infantis de alguem que eu julgava ser uma Mulher madura e inteligente. E calo-me porque sei que um dia tudo o que fazes voltará para te bater á porta...seja bom ou mau. Espero estar cá ainda para ver o que acontece porque a nossa historia ainda não terminou...será sempre um caminho em progresso derivado ao que sempre teremos em comum...o nosso filho.

- Quando te vi pela primeira vez não acreditava em nada. Estava vazio e sentia que assim ficaria.
Acreditava que precisava me reencontrar e saber quem eu era na realidade mais do que amar alguém novamente. E estava a conseguir. Reencontrar-me. Estava na recta final de estar bem...de atingir aquele patamar de satisfação pessoal comigo próprio. De realcançar a minha auto estima e amor próprio. Mais maduro. Mais Homem. Mas criança adolescente que se redescobre de novo. Que aprende a viver novamente. Mas quando te vi tudo isso deixou de fazer sentido se não te tivesse comigo.
Acreditei em ti.
Acreditei em mim.
Acreditei profundamente em nós!
Como à anos não me sentia tão completo com alguém e tão feliz. O que tivemos foi intenso, curto, e bom...tremendamente bom. Amei-te com todas as forças revigoradas e acreditei que genuinamente o fizeste também.
Acreditei.... Mas roubaste-me o chão.
Arrancaste do peito o que me restava de esperança. Sacudiste violentamente o meu mundo de tal forma que só há bem pouco tempo comecei a recuperar. Durante algum tempo fiquei sem ti.Voltámos a comunicar. Hoje te digo... não. Não posso mais voltar. Não sou eu próprio que está quando estou. Seria uma farsa novamente. Jurei a mim próprio que nunca mais o faria e não o farei. És uma Mulher linda, inteligente e sã. Excelente Mãe. Nenhum homem jamais poderia desejar melhor. Gosto de ti por isso neste momento. Por seres a pessoa que és nessas vertentes. Mas já não te consigo nutrir amor. Esse infelizmente morreu...foi morrendo...não tinha de acontecer. E apercebi-me disso tarde demais, eu sei, mas mais vale agora que depois. Ninguém escolhe a melhor altura para perceber os seus erros. Eles são cometidos e nem sempre percebidos como tal. Mas neste momento reconheço que errei contigo, comigo e não podia voltar a viver uma farsa comigo próprio. E já não me estava a sentir eu próprio. E isso para mim é o mais importante. Sempre.
Neste momento eu tenho de ser aquilo que sou sem entraves ou alterações. Não quero ter de me conter naquilo que escrevo, digo, faço ou acredito em prol de ninguém. Sei que nunca me o exigiste mas senti que era o que estava a acontecer. Estava a deixar-me novamente. Espero que entendas porque te chamei a esta escrita sabendo que não gostas quando o faço. Queria que sem entraves me conhecesses o pensamento e como sinto e o que sinto em relação a ti. Terás sempre o meu maior respeito e carinho como amiga. Infelizmente, não terás o meu amor....

Neste aglomerado de desabafos e verdades interiores revejo aquilo que me torna o que sou. Gosto desta forma de comunicar. De me sentir . Porque sou aquilo que sou.
Apaixonei-me por mim próprio.
Estou na fase em que, maduramente e conscientemente, sei o que quero para mim. Consigo agora discernir o que sinto de maneira tão clara e límpida que me sinto verdadeiro ao senti-lo da maneira que sinto. Não me julguem pelo passado. Não criem expectativas de futuro. Sou persistente, vou conseguir, mas preciso primeiro de tudo aliviar pesos à minha carga. Estou a aprender a fazê-lo. Escrevo imenso e adoro escrever porque de outra forma não diria o que acabei de escrever. Não sou o melhor exemplo de comunicação verbal directa, vulgo "cara a cara", apesar de que quando tenho algo entalado cá dentro com alguém se não o fizer cara a cara rebento.
Comecei a minha vida cedo demais consciente de que tardiamente a aprendi a viver.
Mas estou no caminho certo.
Acho eu claro...
Preciso de ajuda, de apoio, de carinho e compreensão. Tenho os meus amigos verdadeiros que sempre estão lá para me acudir quando quero chorar de desespero ou dor. Esses, e são poucos, estão sempre lá para mim. Isso eu sei. Adoro-vos a todos por isso.
E existe a Alma. Que me entende. Mais que um amigo.Mais que família.
Porque mais igual não podia ser de tão diferente é de mim.
A ti Alma que me acompanha e me entende como ninguém já me entendeu alguma vez só tenho um pedido: Continua a ser Alma.
Continua a ser o que és.
Não mudes por nada.
Porque preciso de ti assim nos tempos que vão vir. Preciso de ti. Vou chorar ainda muita baba e ranho...mas preciso que estejas lá para me servir de pedra basilar, para me ouvir os lamentos e dar as gargalhadas mais profundas. Que sejas os meus olhos e o meu sentir quando eu já não o esteja a conseguir. Porque és a minha Alma. E isso é maior que qualquer coisa na vida. Eu saber que a minha Alma encontrada foi e me encontrou. Acima de tudo, todos, sempre será forte o que nos une porque é puro e sem pudores ou malícia.
Alma.
Eu próprio.
É este hoje quem eu quero ser porque sempre o fui.
Abafado por momentos ou períodos da minha vida.
Mas esta vida é minha e aqui estou eu.
Eu Próprio.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Cativar e prender....

Começo a ficar um bocado farto de mim mesmo.
Começo mesmo.
Das duas uma:
Ou eu sou estúpido que nem uma porta e ainda não percebi bem essa vertente, ou, não tenho assim tanta capacidade de controlar os meus sentimentos como à partida já deveria saber.
E agora, meus amigos leitores da desgraça alheia que adoram ler-me de soslaio e com dedos acusadores?
Digam-me de vossa justiça.
Sim porque sei quem me lê...
Posso não ver fisicamente com os meus olhos aqui nas estatísticas mas sei quem me lê.
Digam-me lá, sabedorias anónimas e irreais....Como processar informação neste sentido?
Como ajudar o tico e o teco a desbobinar e a rebobinar um coração que não consegue estar só e se apaixona?
Melhor ainda...Como dizer a esse mesmo coração "Não te apaixones desgraçado....Morre!!!"
Acho que, por incrível que isto possa parecer, preferia não ter sentimentos.
Preferia não querer sentir.
Porra que isto enerva-me já tremendamente!
Pior ainda....sempre por quem não devo...ou não deveria.
Mete-me muita confusão como é possível haver pessoas (Não...não vou definir géneros masculino ou feminino) que não tendo sentimentos (sim porque as há...resmas mesmo!) conseguem capturar corações com intuitos duvidosos e falaciosos e mesmo assim, sendo FDP´s de todo o tamanho e feitio (que não tenho outra definição concreta para este tipo de existências vãs e vazias) conseguem cativar e "prender" almas a uma usabilidade passageira e a um sofrimento desnecessário.
E esses denominados FDP´s têm tudo!
Foda-se a linguagem bonita e despretenciosamente educada...é a verdade!
Estes filhos de um deus invertido, que não têm nada....rigorosamente nada para dar e transmitir e dar em retorno a uma coisa que se chama amor conseguem tudo...ENERVA-ME.
(Sim...hoje estou com a veia afiada e não me apetece parar por aqui)
E, amigos e despretenciosos leitores, perguntam vocês onde entro eu nesta historia toda...certo???
Pois....
Pois é...
Tenho azar...
Não penso falaciosamente....se calhar é o meu mal.
Não uso a cabecinha de baixo ( E realmente bem vistas as coisas ....).
E tenho tudo e nada para dar mas ninguém quer...
Porque sou despretencioso ao ponto de gostar...de amar...
Ainda pertenço à velha guarda....em que não existia um relacionamento sem sentir.
E porque me apaixono por quem me diz algo.
"Não será platónico esse sentimento???" ...perguntam vocemesseses....
Quem me dera.
Realmente depois de descomprimir isto tudo em palavras chego à conclusão principal....
Sentir amor nos dias que correm...é estupidamente estúpido.
E apaixonar-se sem querer é a burrice chapada!
(Olha....e não é que respondi à minha pergunta inicial !!??)
Concluindo... que isto já vai longo e a veia esta a acalmar....
Não tenho nada e tenho tudo....mas não me arrependo um minuto de ser como sou...estúpido ou não, velha guarda ou não...feio, lindo, baixo, alto, magro ou gordo...este sou eu.
O meu nome é Hugo Guerreiro.
Incrivelmente cliché, eu sei, mas....continuo a guerrear para ser feliz e ter um pouquinho de felicidade.
Mas começo a ficar farto de mim próprio e do meu coração.
Começo mesmo.



domingo, 24 de abril de 2011

Desbobinar pensamentos

Perco a noção de tudo e do que realmente me completa.
Perdi o filtro numa embriagues estúpida e desmedidamente sã.
E, de repente, acordei naquela realidade das asneiras cometidas.
Deixei de lado o bom senso e razão.
Entreguei-me por momentos a um lado mau e arreliador.
Saltou-me a tampa.
Literalmente.
Porque me enerva, me deixa possesso, piurso, mais do que amargo.
Nunca me deixo levar muito por este meu lado e quem me conhece sabe que sou muito paz de alma para perder a calma e a compostura nas coisas que faço e digo e, normalmente, nao me arrelio com facilidade.
Mas aconteceu.
O pior de tudo não foi o efectivamente me ter arreliado. Mas sim o te-lo feito e te-lo exteriorizado de uma forma completamente estúpida e acriançada, impulsiva, sem sentido nenhum dentro do contexto em que o fiz.
Ainda pior.
Quando desperto da impulsividade vejo o erro cometido e caio em mim.
Detesto voltar atrás em algo que faço, escrevo, decido, penso, falo, sinto.
Mas quando tem de ser por mais custoso que isso seja para mim tenho de o fazer.
Mas mais vale isso que perder algo precioso.
Não se chama a isto de cobardia por algo que não queremos perder ao anularmos a nossa individualidade num retrocesso.
Chama-se contornar.
Contornar as situações por nós criadas erradamente.
Porque o mal nunca é errar mas sim perceber o erro e não fazer nada para o resolver.
Não ter o carácter e a hombridade de admitir que se errou.
Ainda bem que nunca perdi esse filtro.
Mas confesso....fiquei a desbobinar pensamentos sobre isto a torto e a direito.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Unilateralmente

Sinto falta.
Falta do improviso, da surpresa, do romance.
Sinto falta de surpreender, de agradar, de estar.
Verbos que definem um amor em acções, sinto falta.
De todos eles.
Está tudo tão frio, tão distante, tão ausente.
Sinto falta do toque, da cumplicidade, do cheiro que fica na roupa.
Sinto falta de me deitar e sentir o aroma do prazer que fica no fim do amor.
Sinto falta da mão que ampara o rosto quando o toque é especial.
A falta que me faz o sorriso sincero e feliz...
Sinto falta do nervoso miudinho.
Sinto falta dos ciumes.
Sinto falta do olhar que diz mais que palavras.
Sinto falta dos sentimentos mais sentidos.
Mas nessa falta, nessa saudade, nesse precisar e não ter, deixas-te de existir.
Tudo tem de ser reciproco.
Unilateralmente o amor deixa de existir.
Unilateralmente a projecção do verbo amar deixa de fazer sentido.
Unilateralmente a cumplicidade passa a ser individualidade.
E, infelizmente, unilateralmente, morre assim um amor.
Sim, porque um amor tambem pode morrer dentro de nós...
Basta ser sentido, unilateralmente, durante muito tempo.
Vai morrendo, vai-se esfumando, deixa de fazer sentido.
Unilateralmente sinto falta de voltar a sentir amor de verdade.
Unilateralmente digo que não tenho amor.
No gelo que me torno sinto falta destas coisas a que chamo sentimentos.
E nesta falta percebo que deixo morrer aquilo que me matava.
Unilateralmente sinto todas estas coisas.

domingo, 17 de abril de 2011

Minutos a seco

Nem sei sobre que escrever.
Quero deitar algo cá para fora e não sai.
Sinto um peso enorme dentro de mim.
Não percebo...devia sentir-me leve, solto...
Porque isto agora?
Como á muito não me sentia...
Sinto o mesmo peso de quando havia uma indefinição total sobre a minha vida.
Sinto-me mal...
Mal comigo próprio.
Começo a ter aqueles pensamentos punitórios e destrutivos para a minha auto-estima.
A serio...eu tento...juro que tento...
Tento pensar que sirvo para alguma coisa...
Tento acreditar que tenho alguma coisa sendo como sou...
Fecho os olhos e penso em tudo o que tenho....e não tenho ...
A coisa que mais me castiga é eu saber que, por mais que eu possa ser feliz por umas horas, por momentos, no fundo de nada vale.
Passo minutos a seco sem uma felicidade expontanea, sorrio...digo que estou bem.
Não estou.
Não estou.
Por dentro sinto-me destruido, partido, amordaçado, injustiçado.
Que raio de "felicidade" é esta que vive de momentos tão vagos, tão sem sabor?
Que raio de pessoa fria me estou a tornar, invariavelmente, por dentro?
Sinto-me tão pequeno hoje...
Já ri, já fiz as minhas palhaçadas, gargalhadas...mas escondo que quero chorar a plenos pulmões.
E nem consigo perceber bem porque....mas quero.
Estou a chegar a um ponto que nunca atingi... 
Pós-limites.
Nunca me senti assim...já ultrapassei em muito o meu limite.
Estou no ponto em que tudo pode acontecer...
Quero desaparecer.
Ninguem sentirá...Não faço assim tanta falta.
Sim, sou egoista ao dizer estas palavras...sei disso.
Mas analisando a fundo tudo ao pormenor sei que não faço falta...sou perfeitamente substituivél por melhor...
Esfumo-me na noite....desapareço.
Não quero ser encontrado, nem perdido, mas é o que me resta ainda.
Quiçá  um dia...
Não falta muito...estou bem próximo...
A noite "feliz" vai longa....termino como comecei.
S.
Sempre. 


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Untitled

Não quero falar com ninguem.
E tento escrever e já nem isso estou a conseguir.
E cheguei ao fundo.
Não consigo...
Hoje ainda não consigo.

domingo, 10 de abril de 2011

Hiperventilo...

Quero gritar!
Quero esbracejar, pontapear, mandar tudo á senhora palavra!
Quero fugir!
Que senhora palavra de vida a minha!
Será possivel que nunca vou parar de chorar?
Será possivel que nunca vou parar de vez?
Que vontade de agarrar em tudo e sair...ao deus dará..sem destino!
Esquecer tudo e todos de uma vez!
Quem tenho para mim?
Quem tenho por mim?
Quem tenho que olha por mim?
NINGUEM!
Porra nenhuma!
Nada! Nada! Nada!
Toda a P*** de vida corri atras, fiz e faço o mais correcto...PARA QUE?
PARA QUE?
No fim aqui estou eu...como sempre estive toda a vida!
Caramba...
Dou murros na mesa na esperança que a raiva , a dor, saiam atraves da dor fisica...
Nem a sinto.
Hiperventilo num choro descontrolado incapaz de ver o que escrevo.
Nada...nada... nada...
Sempre para tras...sempre!
De todos os modos...em tudo...
Nao ha uma...uma coisinha que seja ...uma!
Quero gritar, esbracejar, pontapear esta merda de vida que tanto me apedreja.
Estou tao farto...
Limites que se atingem...
Quem esta lá para mim??? QUEM?
Eu que me desenrasque...sempre foi assim...
Chega...

Para mim...chega...por favor...chega...

Stupid !!!

I´m so stupid....
Its all that comes to my mind at this late hour.
But i had to lat it out of me...
I had no choice.
It was eating me inside.
And...for some reason it think i´ve screwed it all up.
I´m so stupid...
This was a very stupid thing to do.
No regrets....
But it was stupid.


sábado, 9 de abril de 2011

No meio de quem cuida...

Não me importa mais.
Não quero saber de quem me lê.
Não é importante...deixou de ser.
Sou importante para alguns...
Para os que realmente cuidam de mim.
Amar alguém requer dedicação. 
Muita.
Encontro esse amor onde menos espero.
Em palavras tão simples e banais no meio de quem cuida de mim.
Sei que deveria encontrá-lo, vê-lo, senti-lo em alguém especial.
Mas isso talvez um dia aconteça.
Por agora desisto de acreditar.
Não importa o que faça ou queira.
Não tem importância nenhuma quando sabemos que somos incompreendidos.
Nos sentimentos escritos as palavras soltam-se entrelinhas.
Escrevo nas entrelinhas.
Sempre escrevi nas entrelinhas dos meus sentimentos.
Mas hoje não existem entrelinhas para desvendar o que sinto...
Hoje não vale a pena usar argumentos para ocultar o que penso.
Hoje numa esperança vã e dolorosa espero alcançar uma cura permanente para mim.
Dar tempo a mim. Só a mim.
Querer ser o que sempre fui e muito mais para um dia voltar a ser verdadeiramente apreciado, saboreado...
Tudo o que dou está dado. Não quero de volta.
Tudo o que darei...escolherei melhor para não o dar em vão.
E nestas simples linhas decifro o que na alma dói, o que no espírito perturba, e no corpo magoa.
Desisto.
Afasto-me.
Desprendo-me dolorosamente como se um pedaço de mim arrancado fosse.
Este pedaço pelo qual lutei e lutei, mas que não lutarei mais.
Fechei a porta. Apaguei a luz. 
Apagou-se a réstia de luz....
Estava destinado a não acontecer... 
Morre o que não foi cuidado e nutrido.
Acabou.


Acabei.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Vamos fazer uma memória?





Existem memórias que são mais alegres que o presente...mais felizes.
Não me apetece olhar para o passado e lamentar o que tive ou deixei de ter, nada disso.
Apenas comecei a pensar nisto.
Nas memórias encontramos certos confortos para a alma.
Encontramos aquele conforto de saber que, por momentos, breves instantes, tivemos aquilo que podemos chamar de felicidade pura.
E é nessas alturas que relembramos o quanto podemos ser donos do nosso destino e das nossas opções de vida.
Porque podemos escolher.
Porque podemos tornar momentos simples em memórias felizes que nos dão alento no presente.
Podemos até ficar nostálgicos, e até cabisbaixos, tristes, por pensar que não voltaremos a ter momentos assim, mas no fundo esses momentos recordam-nos que ainda podemos ser felizes.
Porque se de algum modo algum dia criámos uma memória feliz e especial foi porque valeu a pena.
Sim, é bom ter estas memórias sempre presentes.
Porque naquele instante, naquele momento singelo e simples, sabemos que para o infinito da memória humana, valeu a pena.
Vamos fazer uma memória?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Parece cliché...

Parece cliché mas não é!
O pior mesmo é que no fundo eu estou a ver o abismo e continuo como se nada fosse para ele.
Como se estivesse ceguinho.
O pior é que estou a vê-lo....bem perto!
E não pode ser.
Não pode ser!
Vou-me debatendo em pensamentos numa luta que eu próprio já podia ter posto fim à muito tempo.
Parece cliché mas não é!
Só me afogo mais ainda porque não resisto.
A verdade é essa mesmo.
Deixo-me ir por encantos, por sorrisos, por palavras que não quero.
Mas deixo-me ir.
Burrinho.
É a palavra que mais me salta ao pensamento.
Parece cliché mas não é!
É bem pior!


quinta-feira, 31 de março de 2011

2 da Madrugada

2 da madrugada.
Permaneço acordado e ouço uma musica pela primeira vez mas que me soa tão familiar.
Uma realidade à qual não posso escapar e não posso descurar dentro de mim.
Não posso negar que me penetrou no ouvido porque simplesmente me fez recordar uma faceta que tento a todo o custo ocultar, esconder, esquecer, apagar.
Uma nova melodia e uma nova letra que me soam tão familiares...
Uma descrição mais que pormenorizada do meu interior.
E o sono que não vem...
Teima em não chegar.
Sou uma sombra do que fui.
Quando olho para outros tempos vejo o quanto alterei o meu ser, a minha personalidade, o meu carácter.
Ao longo dos dias, meses, anos... gradualmente, erradamente, estupidamente.
Muitas vezes me pergunto...no que me tornei eu?
Não quero acreditar que deixei de ser aquele ser que era tão feliz quando a ingenuidade da juventude não me deixava acreditar que, por vezes, a vida pode ser cruel.
Mas a verdade é que a cada acontecimento importante na minha vida, bom ou mau, acabei por destruir essa mesma ingenuidade deixando que a frieza de pensamentos e acções muitas vezes tomassem conta de mim de tal modo, com tal força, tão dolorosamente em certas alturas, que acabei a ser este pedaço do que já fui.
Poucas coisas me surpreendem agora....
Já vi de quase tudo um pouco....
Mas tenho medo de ver ainda mais alem e descobrir que poderá existir pior do que já vi.
Vazio.
Estou vazio.
Mesmo com uma nova oportunidade de ver as coisas por outro prisma, com outros olhos, com outro tipo de sentimento...estou vazio.
A felicidade torna-se momentânea e fugaz.
Criei medos absolutos, fobias inalteráveis, das quais não consigo escapar.
Porque me sinto protegido por esses mesmos medos e fobias.
2 e 15 da madrugada...
Pergunto-me se alguma vez algo poderá fazer-me realmente voltar a acreditar que a felicidade pura, real, honesta, desinteressada, verdadeira, poderá estar ao alcance de um olhar, de um toque, de uma palavra...
Uma palavra.
Uma única palavra para mim talvez seja quanto baste.
Essa palavra que não ouço á tanto tempo...
Já não me conheço.
Deixei de me conhecer no meio deste amontoado de magoas e sentimentos partidos e cacos de uma vida em que me transformei.
Porque me tornei uma sombra do que fui.
E porque no alcance que faço de mim próprio vislumbro o que não quero ver.
E fecho-me nesta concha de barreiras que criei porque não quero mudar mais, não quero ficar ainda mais distante do que já fui.
Será assim tão difícil?
Será assim tão fácil não perceber o que quero transmitir?
Sufoca-me este pensar e esta realidade de que sempre estive e estarei, cá dentro, no meu interior, no meu coração, na minha alma, profundamente...
2 e 25 da madrugada.
Sozinho.