sábado, 18 de setembro de 2010

Deixo-me ir...

Sem sentido.
A minha vida está num impasse. Parada. Estacionada.
Muito por culpa minha é certo.
Tudo tem sido quase que tão previsivel e acomodante que por breves momentos paro para pensar nisto...
Não existe um alento, uma vontade de.
Vejo certos aspectos de tudo o que tenho e faço que me apontam uma conclusão realista e obvia : Não estou a inovar, não estou a crescer, não estou a progredir como queria...
Tudo está tão parado.
Tenho ficado parado á espera nem sei bem do que.
E tudo acontece na minha vida em catadupa sem que por vezes eu consiga controlar, apesar de haverem coisas e situações que estão a mudar materialmente, não me estou a sentir realizado e feliz com esta suposta liberdade de que disponho.
Tudo me ultrapassa profundamente.
E não me sinto bem.
Sinto que por vezes tento remar contra a maré mas a maré ganha-me aos pontos. E a vantagem que a maré leva de mim é grande...muito grande.
Deixo-me ir.
Perco as forças.
Estou cansado...não fisicamente, mas interiormente, cansado de lutar por uma alegria maior, um amor maior, uma vida melhor, uma paz melhor dentro de mim...
Sinto-me a cair na monotonia de uma vida que nao me deixa seguir o que tracei e me prende, me acorrenta, me aprisiona a todo o momento com situações que não consigo resolver.
É curioso...
Na minha vida profissional são raras as situações que nao resolvo completamente.
Na minha vida pessoal são raras as situações que consigo resolver sem sequelas.
Estou mesmo farto de tudo.
Sinto-me a entregar os pontos de mão beijada e a desanimar completamente por nao conseguir vislumbrar uma solução a curto, médio, longo prazo.
Não quero parar e não faz o meu feitio ser lamechas e lamentar-me mas por vezes preciso deitar fora o que sinto senão, com o tempo, isto sufoca-me e mata-me por dentro.
Não está facil.
Não é facil.

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