Há coisas que não se explicam, não se entendem, simplesmente porque não é mesmo suposto entender ou compreender.
Há Vidas que de tão sofridas e tão magoadas deixaram de acreditar, deixaram de crer no que existe mais para alem da dor, do sofrimento, da incompreensão.
Até ontem eu pensava que a minha vida era um mar de descredito e incompreensão.
Até ontem acreditava que poucas, ou nenhuma, das pessoas com quem falo, entenderia na verdade o que sinto e penso em relação a tantas situações ja vividas e sofridas porque, apesar de, tambem já terem a sua cota parte de sofrimentos próprios, nunca tinham passado pelo que passei nem sabiam na realidade como me sentia por dentro.
Até ontem ...
É intrigante e fico perplexo como o mundo pode ser tão pequeno.
Vidas que a papel quimico são tiradas.
Tão distantes e tão diferentes mas tão proximas pelos sentimentos e coincidencias do sofrimento.
Sem pudores e sem falsos moralismos, abertamente, verdadeiramente nunca a vida e os sentimentos tiveram uma conversa tão sincera.
Ontem a vida foi justa.
Ontem a leveza do ser incompreendido e só tornou-se obsoleta.
O dia nasceu e nasceu com uma sensação de alivio...de paz.
O sol hoje não brilha.
A luz que na madrugada brilhou ilumina uma vida.
E perdura.
Ainda.
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2 comentários:
Até ontem...aberta a caixa de pandora...peço-te que escrevas o meu silêncio, pois os meus olhos não permitem.
Fico contente por saber que a madrugada também te trouxe algum alento. Espero que perdure por muito tempo, porque mereces! Bjo
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