O que fica depois de tudo não ter sido o esperado?
A realidade.
A realidade abre-nos os olhos para a vida.
Mostra-nos que no fundo aquele vicio de querer amar alguem afinal tinha cura.
Ensina-nos a olhar para os lados e a nao ser-mos como os cavalos domados que usam palas e só vêem um caminho, uma saída.
E aprendemos.
Aprendemos a ser como o cavalo selvagem que escolhe o seu caminho e a sua direcção, correndo livre e solto, com prazer, alegria e vontade de correr cada vez mais veloz.
A realidade serve para assentarmos os pés no chão e não ficarmos absortos e inúteis.
Vemos que as pessoas conseguem ser tudo aquilo que pensávamos que não seriam, que fazem coisas que, quando um dia caírem na realidade, quando derem conta, tomam a percepção que mesmo acompanhadas estarão sozinhas.
Eu por vezes também caio.
Por vezes não...muitas vezes caio.
Mas continuo a levantar-me.
Recuso-me a cair eternamente e sem sentido.
Recuso-me a ficar parado a olhar para o mesmo e sem sentido.
Recupero os sentido apurados, desta vez, mais uma vez, mais aguçados que antes.
Recupero o meu coração e conquisto-o de volta para dentro do meu peito, recupero a minha alma com luta e devoção para que jamais me volte a abandonar.
Talvez seja do nome....
Engraçado porque nunca me identifiquei muito com o nome Guerreiro....
Mas quando olho para trás e vejo tudo o que me fez cair e levantar começo a acreditar que poderá ser do nome.... Não sei...
Eu sei....Eu sei....
Voltarei a quebrar todas as regras e voltarei a ficar vulnerável...
Voltarei a entregar o meu coração de bandeja a alguém um dia...
Voltarei a acreditar cegamente e piamente...
Quem sabe se até mesmo voltarei a ser decepcionado e voltarei a ficar amargurado mas não interessa nada, isso não interessa mesmo nada!
Tiro uma lição valiosa da minha vida quando a vejo em retrospectiva diante dos meus olhos ....
Eu posso cair, vou cair, mas sou um osso bem duro de roer....
Hão-de partir os dentes todos para me roer em condições!!!
E quando ficar novamente fraco, voltarei a olhar para dentro de mim e perceberei que tenho de me levantar novamente, e novamente, e mais uma vez, e outra, e mais uma outra vez!
Mas não será isso que é viver?
Não sou nada de especial...Sou como tantos de nós que na sua vulgaridade vive intensamente tudo o que lhe passa pelas mãos, pela vida, pelo coração...
Consigo passar despercebido pela multidão e isso é bom.
Sei que, pelo menos para mim, sou especial, tenho algo dentro de mim que me faz viver!
Volto a viver com tantas ganas que até dói!
Sinto que tudo posso neste momento, no meu anonimato por entre a multidão, por entre vidas e vidas...
E escrevo!
Escrevo.
E não me importa nada se errei no passado, se vou errar no futuro, porque no presente estou a viver.
E vivo.
Repito-me e volto a repetir...
Vivo.
Hoje o meu estado de espírito é este.
O meu estado de espírito varia...mas este sou eu!
Sou assim!
Aceito-me como sou e quem me quiser entenderá um dia que nada nem ninguém nunca me poderá mudar.
Nem eu me consigo mudar a mim próprio.
Devaneios de um ser humano em turbilhão constante...
Nem mais nem menos.
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