terça-feira, 16 de novembro de 2010

Barbaridades

Quero escrever. 
Quero escrever a desilusão, a dor, as lágrimas, o peso que me acorrenta. 
Não tenho palavras...pelo contrario tenho lágrimas que me escorrem pela face e me dilaceram o rosto, me matam. 
Morro como me conheço. 
Hoje por teimosia minha morro mais um pouco. 
Auto mutilo-me por pensar que poderia haver um retorno. 
Tento, não alcanço. 
Abro e mostro tudo o que tenho para que? 
Para que? 
Só quero fugir 
Só quero desaparecer 
Esqueço as pontuações e a maneira correcta de escrever e deixo-me ir 
Não quero saber mais disto. 
Não posso continuar assim sem sentido. 
Onde está o meu erro, questiono eu a mim próprio... 
Por querer? Por querer estar mais? 
Por querer ser mais? 
Amar demais? 
O amor é uma merda! 
Só existe para dar cabo da nossa sanidade... 
Escrevo barbaridades eu sei...Vão dizer-me que não pode ser assim..que tudo passa, que tudo se resolve... 
Não. 
Não aceito argumentos assim hoje 
Não quero aceitá-los 
Hoje posso fazer o luto. 
Hoje posso ter tudo e nada. 
Mas prefiro ter o meu nada. 
A constatação da realidade ultrapassa qualquer sentimento. 
As realidades são inimigas do sentimento. 
Hoje tive o desvendar e o desfecho da dura e dolorosa realidade. 
Estou a fechar. 
Vou fechar. 
Acabou.

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